Golpes em boletos bancários: proteja-se com essas dicas

17 . dez . 2024

Os golpes em boletos bancários continuam muito comuns no Brasil, mesmo com a ascensão de outras formas de pagamento, como o PIX. Com a chegada do fim do ano, tendo em vista o aumento do volume de compras, os golpistas estão a postos para aplicar suas fraudes. Nesse post, explicamos quais são as formas mais comuns de golpes em boletos bancários e como você pode se proteger.

Antes de tudo, vamos relembrar um pouco sobre a história do boleto bancário. Esta é uma forma de pagamento utilizada exclusivamente do Brasil e sua utilização começou em 1980. Treze anos depois, em 1993, foi implantado o uso do código de barras nos boletos. Dessa forma, teve início a era da economia digital, em que um consumidor poderia pagar seus boletos em qualquer agência bancária.

Em 2016, foi implementado o processo de registro de boletos. O objetivo foi o de coibir o alto volume de golpes que já existiam nessa modalidade de pagamento e de oferecer maior transparência às transações na emissão desses documentos. O PIX surgiu em 2020 e mais uma vez vemos uma mudança no cenário econômico e no hábito do consumidor, que já prefere realizar os seus pagamentos por esse meio.

Vantagens da utilização dos boletos bancários

Mesmo com o aumento expressivo em pagamentos por meio de PIX, ainda são percebidas algumas vantagens na aplicação do boleto em relação a outros meios de pagamentos. São elas: 

  • O comprador não precisa fornecer seus dados bancários para pagamento e se sente mais seguro;
  • O titular não precisa comparecer para realizar o pagamento, o mesmo pode ser atribuído a um terceiro e em diversos locais, físicos ou eletrônicos;
  • A cobrança do produto ou serviço adquirido pode ser realizada mesmo que o consumidor não apresente cartão de crédito, cartão de débito ou conta bancária;
  • Viabiliza o comércio com a população desbancarizada (4 em cada 10 brasileiros).

Os golpes mais comuns em boletos bancários

A fraude do boleto normalmente é realizada por via do cliente, por vulnerabilidades em computadores pessoais e falta de informações sobre o tema. Na prática, o fraudador quer substituir o boleto verdadeiro por um falso que lhe garantirá alguma vantagem. Em média, apenas 5% do dinheiro dessa modalidade de fraude é recuperado.

As principais formas de golpe são:

1. Correios

O fraudador alicia o carteiro e realiza a troca de correspondências.

2. Caixa Eletrônico

O golpista cola o código de barras falso no foco da luz do leitor óptico.

3. Falsa central de atendimento

Vítimas são contatadas pelos fraudadores, que tentam cobrar valores se passando por empresas de cobrança.

4. Sites falsos (geradores de boletos)

Sites montados fraudulentamente onde a vítima obtém 2ª via de boletos adulterados.

5. Boleto com valor errado

O fraudador contata a vítima que acabou de receber um boleto, informa que houve um erro de cálculo do valor, oferece um valor menor e envia um novo boleto “corrigido”, ou seja, fraudulento.

6. Contato após tentativa de acordo na cobrança

O golpista obtém dados de uma negociação legítima da vítima com a empresa de cobrança, monta um boleto falso com o valor proposto e envia via WhatsApp.

7. Spoofing attack

O fraudador infecta o computador da vítima com um vírus e adultera boletos legítimos que ela recebeu para boletos visualmente idênticos, mas que remetem os recursos para contas de fraudes.

Recomendações para não cair nos golpes com boletos

Os meios mais explorados para aplicação de fraudes em boletos são os acessados pelos clientes, como seus computadores e e-mails. Por essa razão, é importante que os consumidores sigam algumas recomendações:

  • Verificar o layout do boleto, buscando imperfeições;
  • Avaliar erros fáceis de serem identificados, como grafia incorreta, dados não condizentes com o pagamento, mudanças dos logotipos dos bancos, números inconsistentes e imperfeições em geral;
  • Confirmar o valor, a data, o beneficiário e demais dados da operação.
  • Antes de concluir o pagamento, digitar a linha numérica do boleto no internet banking, APP do banco ou caixa eletrônico e observar quem será o beneficiário do pagamento;
  • Aceitar boletos apenas vindos de canais confiáveis, telefones e e-mails já conhecidos de seus fornecedores;
  • Simular a emissão de uma 2ª via do boleto. Essa é uma alternativa para o consumidor identificar quem será o real beneficiário do boleto, através da digitação do código numérico;
  • Manter sempre atualizado o antivírus do seu computador.

Esse post foi produzido com informações do Manual de Boas Práticas, Processos e Atividades Antifraudes, elaborado pelo Comitê Antifraudes da ABAC. Para conhecer outros conteúdos do Blog da ABAC a respeito de golpes online e aprender a se prevenir, acesse os posts abaixo:

A ABAC também possui um e-book gratuito que trata sobre prevenção a golpes financeiros. Baixe clicando na imagem a seguir:

Categoria(s):

Educação Financeira

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