Acumulando altas desde 2017, as vendas de consórcio caminham para fechar 2024 batendo um novo recorde. Isso porque, de janeiro a outubro, a assessoria econômica da ABAC divulgou que houve alta de 7,8% nas adesões. Caso o ritmo de crescimento se mantenha nos dois meses finais do ano, o setor deve bater novo recorde depois das 4,15 milhões de cotas vendidas em 2023.
Em dez meses do ano, o volume de vendas chegou a 3,75 milhões. Já supera, por exemplo, o volume registrado no ano de 2021, quando as vendas de consórcio somaram 3,46 milhões. Os quase 8% de alta nas adesões vem de uma base de 3,48 milhões de adesões, registradas em igual período de 2023.
“Vale destacar que, considerando as adesões de pessoas físicas e jurídicas, as expectativas são cada vez mais otimistas quanto ao encerramento do ano, confirmando as projeções positivas feitas no final de 2023”, avalia Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
Analisadas considerando os segmentos que compõem o Sistema de Consórcios, as adesões ficaram assim: 1,45 milhão de cotas de veículos leves; 1,12 milhão de motocicletas e motonetas; 817,37 mil de imóveis; 204,22 mil de veículos pesados; 107,12 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 44,50 mil de serviços.
O volume de créditos comercializados, que representa a somatória do valor contratado das cotas vendidas (leia o post Entenda os números do Sistema de Consórcios) também cresceu. E com maior vigor do que o avanço das adesões. De janeiro a outubro, foram R$ 313,48 bilhões, avançando 20,3% ante os R$ 260,51 bilhões do mesmo período do ano anterior.
Além do aumento nas vendas de consórcio, o bom desempenho do volume de créditos comercializados também se deve ao aumento percebido no tíquete médio. Em outubro, o valor médio da cota contratada ficou em R$ 81.065, avançando 4,5% em relação ao registrado um ano antes.
Quando analisado o valor médio da cota no ano, ou seja, de janeiro a outubro, o crescimento é ainda maior: 11,7%. Na média dos dez meses de 2024 ficou em R$ 83.681, ante R$ 74.891 da média do período equivalente de 2023.
Já o volume de créditos disponibilizados, decorrente das contemplações, cresceram 14,8%. No acumulado do ano em outubro chegou a R$ 81,07 bilhões, vindo de R$ 70,60 bilhões acumulados em cinco bimestres do ano anterior. Esses valores foram disponibilizados aos 1,41 milhão de consorciados contemplados – alta de 3,7% ante os 1,32 milhões de janeiro a outubro de 2023.
Por segmento, o que mais contemplou foi o de motocicletas – leia o post Qual o consórcio que contempla mais?. As contemplações, ocorridas por sorteio ou lance, em cada um dos seis segmentos ficaram assim: 594,64 mil em motocicletas; 572,35 mil em veículos leves; 92,42 mil em imóveis; 74,35 mil em veículos pesados; 48,28 mil em eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 29,88 mil em serviços.
“Com um segundo semestre demonstrando forte crescimento em vendas de cotas, negócios realizados, o Sistema de Consórcios vem registrando a confiança ratificada pelo brasileiro no mecanismo em todos os setores, como forma consciente de planejamento e aquisição de bens ou contratação de serviços”, finaliza Paulo Roberto Rossi.
Para acessar outros dados econômicos do setor de consórcios, leia os posts da nossa seção Drops de Mercado. Conheça também os e-books, boletins e cartilhas da ABAC, neste link.
Bom dia, gostaria de saber como está dividida o consórcio da compra de imóveis, exemplo imóveis residenciais(casas e apartamentos) e rurais (chácaras e fazendas) creio ser importante essa colocação, pois existem muitas controversas no setor agrícola quanto as vantagens comparadas com financiamentos bancários…