Você tem resiliência financeira?

Será que você tem a chamada resiliência financeira? Não sabe nem do que se trata o assunto? Então calma que além de descobrir se você possui essa característica, este post vai te dar dicas de como se tornar mais resistente financeiramente.

Digamos que você tenha fundido o motor do seu carro e precisa levá-lo para o conserto amanhã. Você teria dinheiro para pagar? Se aparecer uma despesa médica inesperada, você conseguiria custear? Seu bolso é capaz de resistir a esses choques financeiros? Pois a resiliência financeira é justamente a capacidade que a gente tem de se recuperar de choques financeiros inesperados e também dos efeitos que vem depois dele.

Resiliência é a capacidade que alguns corpos possuem de retornar à sua forma original após sofrer uma deformação por conta de alguma pressão ou impacto externo. Por exemplo, a esponja de lavar louça. Ao apertá-la para tirar a água, ela se comprime, mas depois volta a seu estado original, correto? Então, a esponja é resiliente. 

Já no mundo das finanças, a resiliência financeira é a capacidade de suportar eventos que impactem a sua renda ou até mesmo seu patrimônio, como a perda do emprego. Ter uma reserva financeira contribui para a sua resiliência, que gera mais tranquilidade e segurança.

Como ser mais resiliente financeiramente?

Talvez agora você esteja se perguntando: será que sou resiliente financeiramente? Se a dúvida ainda não está rondando, pergunte-se:

• Estou preparado para manter minhas contas sob controle, mesmo que aconteça uma despesa inesperada?
• Se enfrentasse hoje uma despesa no valor equivalente ao meu salário, conseguiria honrar o compromisso sem fazer um empréstimo?
• Se eu ou alguém da minha família perder o emprego hoje, por quanto tempo conseguiria cobrir as despesas sem pegar dinheiro emprestado ou sem ter que mudar para um imóvel com aluguel mais barato?

A verdade é que não existe uma fórmula mágica, nem uma resposta única para todas as pessoas. Não adianta te dizerem que você precisa guardar dinheiro suficiente para cobrir dois ou três meses das suas despesas. Para cada pessoa, vai haver uma realidade. 

Comecemos pela primeira variável, que é o seu emprego. Se você exerce uma atividade que tem muita oferta de trabalho, mesmo que não seja nas melhores condições, talvez ter uma reserva de emergência que cubra dois ou três meses seja o suficiente. Mas se você ocupa uma posição muito específica, com um salário muito alto, talvez demore mais para conseguir se reposicionar nas mesmas condições. Neste caso, a reserva de emergência precisará ser mais robusta.

Outra variável é um problema de saúde. Se você tem um emprego estável e um plano de saúde, talvez não precise de uma reserva de emergência muito grande para se sentir seguro caso ocorra alguma excepcionalidade. Agora, se você não tem plano de saúde, você pode querer reservar mais para contornar possíveis choques financeiros.

A questão é realmente pessoal. Ser resiliente financeiramente não significa só que você vai conseguir pagar suas despesas emergenciais. É sobre ter uma reserva que ofereça a mínima sensação de segurança e alguma tranquilidade. Alcançar isso varia de pessoa para pessoa.

E como aumento minha resiliência?

Um dos principais fatores que contribuem para aumentar a sua resiliência financeira é a reserva de emergência. Ou seja, aquele investimento guardado para emergências que tem uma alta liquidez e pode ser resgatado rapidamente. 

É como se fosse um porto seguro para você. 

Outro fator que contribui para a resiliência financeira é ter seguros, tanto para itens do seu patrimônio como até para você mesmo. Então a gente está falando de seguro residencial, seguro saúde, seguro de vida, seguro do carro. Eles reduzem o impacto financeiro de algum incidente.

O terceiro fator é ter acesso a crédito adequado à situação que você vive no momento. Pode ser de um empréstimo com boas condições de pagamento a um auxílio fornecido pela família ou por amigos que te dê condições de passar por isso com mais fôlego mais pra frente.

Mas aqui vale uma dica: tenha muito cuidado ao tomar crédito para cobrir uma emergência. Crédito tem juros e você não vai conseguir aumentar a sua resiliência financeira entrando toda vez no rotativo do cartão de crédito ou no cheque especial. Senão vira uma bola de neve e a coisa toda desanda. 

O conteúdo deste post foi elaborado com informações do episódio 78 da série “BC te Explica”, do Banco Central. Você pode assistir abaixo:

10ª Semana ENEF

Vale lembrar que a ABAC integra a 10ª Semana ENEF – Semana Nacional de Educação Financeira, que em 2023 acontece de 15 a 21 de maio. São diversas iniciativas de educação financeira gratuitas por todo o país. Confira a programação aqui. E aguarde que na próxima sexta, dia 22/05, a ABAC lança uma super novidade no portal Saber Financeiro. 

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