Cortar gastos para reajustar o orçamento. Essa foi a forma que a maioria dos brasileiros encontrou para lidar com os efeitos da crise no 1º semestre de 2017. Levantamento do SPC Brasil mostrou que 80% dos consumidores precisou mudar hábitos de consumo.
O estudo revelou que “alimentação fora de casa” foi o principal item cortado. Quase seis em cada 10 pessoas (57%) deixaram de fazer isso para cortar gastos. “Comprar roupas, calçados e acessórios” passou fora da lista de consumo de 55% dos entrevistados. Na sequência, “idas a bares e restaurantes” foi cortado por 53%, “gastos com lazer e cultura”, como cinema e teatro, por 51%, “viagens”, por 51%, “idas a salões de beleza”, por 50%, e “compra de itens supérfluos nos supermercados”, também por 50% dos entrevistados.
O levantamento ouviu 600 consumidores de ambos os gêneros nas 27 capitais, de diversas classes sociais e com idades a partir de 18 anos. A margem de confiança da pesquisa é de 95%.
O recuo da inflação e a queda das taxas de juros ainda não refletiram na melhora da percepção do consumidor em relação a seu dia a dia. Para 76% dos entrevistados, a vida financeira pessoal está igual ou pior que em 2016. Essa percepção predominantemente negativa se mantém elevada independentemente de gênero, idade e classe social. Apenas 19% afirmaram ter havido alguma melhora no período avaliado.
Em relação ao desempenho da economia do país, a avaliação segue na mesma direção. Para 39% dos entrevistados, as condições pioraram no 1º semestre deste ano. Já para 38%, a situação continua do mesmo jeito. Por outro lado, 19% acreditam que houve melhora ao longo do período.
Ao decidir organizar seu orçamento, o objetivo principal do consumidor deve ser o de torná-lo superavitário. Ou seja, fazer com que as despesas sejam menores que as receitas. Para isso, é importante conseguir identificar entre seus hábitos de consumo o que está no campo da necessidade e o que é um mero desejo. Assim, é possível cortar gastos mediante a identificação dos itens que são supérfluos em seu orçamento.
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Enquanto o Brasil não diminuir o incrível número de 14 milhões de desempregados, não vai ter inflação ou taxa de juros baixa que faça o país crescer.