Um dos indicadores mais buscados no início de cada ano, é a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB). Entre outros relacionados a ele está a tão falada taxa de poupança nacional.
Segundo Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC, “a poupança nacional, calculada sobre o PIB, é a soma das poupanças de pessoas físicas e jurídicas, somada à poupança do governo, que é o orçamento da União”.
Basicamente, a poupança nacional é o valor disponível para financiar investimentos. É do seu saldo que virão os rendimentos dos poupadores que abriram mão de consumir de imediato.
Nos últimos 10 anos, a poupança nacional variou de 17,2% do PIB (2011), com pico de 18,3% (2013), a 15,0% no ano passado, mesmo com a pandemia, segundo dados do IBGE.
Fonte: IBGE
De todo o valor da poupança nacional, o Sistema de Consórcios contribuiu, em 2020, com 3,1%, o que correspondeu a R$ 34 bilhões. Essa quantia se refere a créditos não utilizados pelos consorciados contemplados e aplicados pelas empresas do setor, de acordo com critérios estabelecidos pelo Banco Central. Em 2011, a participação do consórcio na poupança nacional era de apenas 2%, referente a R$ 15 bilhões – alta de 126,67%.
O aumento se deve a um comportamento cada vez mais comum: já de posse de seus créditos, ainda esperam o melhor momento para utilizá-los.
Fonte dos valores em bilhões R$: Banco Central
No Brasil, a taxa nacional de poupança é baixa em comparação às de outras economias mundiais. Uma pesquisa do Banco Central em parceria com a Serasa Experian e o Ibope mostrou que 69% dos entrevistados afirmaram não ter poupado nenhuma parte da renda recebida em 12 meses. Clique aqui para saber mais.
“Poupa-se a fim de ter uma reserva para emergências, aposentadoria, para realização de um sonho de consumo ou até um investimento. O fato é que toda poupança será utilizada em algum momento”, explica Barbagallo. “Seja por qual meio for, poupar é uma atitude saudável que propicia segurança, perspectiva de futuro e qualidade de vida”.
Costumamos dizer que consórcio é “a arte de poupar em grupo”. Isso porque essa modalidade de autofinanciamento se baseia na união de pessoas (físicas ou jurídicas), em que todos contribuem mensalmente para a formação de uma espécie de grande poupança.
Todos os participantes do grupo usam parte dessa poupança, chamada de “fundo comum”, para comprar o bem ou serviço desejado. A ordem de utilização é definida por sorteio e lance.
“O consórcio tem sido uma das formas de acumular recursos para a realização de objetivos. Ele tem na disciplina um dos pilares de seus avanços”, completa o economista.
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