Consórcio se torna motor da produção automotiva nacional

10 . jun . 2025

Ao longo dos anos, a indústria automobilística nacional vem enfrentando vários desafios que, por vezes, implicam em novos estudos e reformulações do planejamento futuro. Nenhuma empresa está imune a fatores como, por exemplo, preferência dos consumidores, inovações tecnológicas, novos combustíveis e transição para veículos eletrificados, entre outros.

Segundo a ANFAVEA, apesar do impacto das importações na produção nacional, especialmente devido às baixas tarifas, o segmento registrou crescimento em vendas, produção e exportações no ano passado. O mercado brasileiro foi o que mais cresceu entre os dez maiores do mundo, com aumento de 15% na comercialização de veículos zero. 

Já no 1º trimestre de 2025, houve avanço de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. Contudo, especialistas têm revisado para baixo o desempenho dos negócios especificamente para os veículos automotores até o final de 2025. A reavaliação considera vários fatores, dentre os quais destaca-se o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da FecomercioSP.

Fator de estabilização da produção automotiva

O consórcio oferece, dentro de sua participação no mercado, oferece a segurança que a produção futura da indústria necessita. É o que avalia Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC. “o consórcio pode ser um fator de estabilização por se tratar de mecanismo de planejamento e de compra programada a médio e longo prazos”, analisa.

Ao traduzir em números, de acordo com a B3, Barbagallo indica que, “relativamente a todos os tipos de financiamentos de veículos novos, o Sistema de Consórcios responde, de acordo com os dados apurados no primeiro trimestre de 2025, por 10,4% nos veículos leves, 38,8% em motocicletas, 11,8% no segmento de caminhões, 8,3% nos ônibus e 18,9% para implementos rodoviários”. 

Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, ressalta que os percentuais em relação ao volume total de financiamentos no segmento automotivo se mantiveram sem oscilações ao longo dos anos. “Isto apenas comprova que o consórcio, além de ser uma alternativa econômica para o consumidor, pode se tornar o motor para a indústria”, pontua.

Paralelamente, outro fator de destaque é o comportamento do comprador. Ao ser impactado por diversos apelos de consumo que exploram emoções, necessidades e desejos, o brasileiro, apoiado principalmente em sua renda, molda suas decisões e pode alterar o objeto de aquisição no seu plano de consórcio, quando da contemplação. “Essa flexibilidade é uma vantagem, pois, ao participar do mecanismo, é possível decidir a mudança de marca e modelo antes de efetivar a compra por meio da carta de crédito”, aponta o economista.

Resultados ressaltam importância do consórcio

O Sistema de Consórcios tem registrado sucessivos recordes de vendas de cotas e de participantes ativos nos últimos anos, segundo a ABAC. “Isso, certamente, fará com que a presença da modalidade passe a representar parcela cada vez maior no total de financiamentos disponíveis”, complementa Rossi.

Pesquisas realizadas pela ABAC revelam que, cada vez mais, consumidores descobrem as peculiaridades e os diferenciais do consórcio, como custos finais mais baixos, parcelas compatíveis com orçamentos mensais, flexibilidade no uso do crédito dentro do segmento, prazos longos, poder de compra à vista, entre outros. “Temos atualmente um consumidor mais maduro, que, em linha com a essência da educação financeira, fortalece o sistema e a cadeia produtiva”, sintetiza o presidente executivo da entidade. 

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