Cresceu o volume de recursos disponibilizados pelo consórcio para compra de veículos automotores. Dados da assessoria econômica da ABAC mostram que o mecanismo disponibilizou mais de R$ 30 bilhões nos quatro primeiros meses de 2025.
Na comparação com o acumulado de janeiro a abril de 2024, os R$ 30,09 bilhões registrados esse ano representam alta de 17,3%. São quase R$ 5 bilhões a mais que os R$ 25,65 bilhões do 1º quadrimestre do ano anterior.
Quanto ao volume de cotas vendidas, também estão em alta. As vendas do segmento de veículos automotores em geral, que inclui leves, motocicletas e pesados, cresceram 11,4%. Foram 1,17 milhão de adesões, ante 1,05 milhão do acumulado de janeiro a abril de 2024.
Por decorrência dessas vendas, o total de créditos comercializados chegou a R$ 66,48 bilhões. Esse indicador representa a somatória dos contratos de consórcio fechados em determinado período. Com tal volume, a contratação via consórcio cresceu 14,2% ante igual período do ano anterior, quando foram R$ 58,21 bilhões.
Na prática, esses volumes de recursos contratados possibilitam que a indústria automotiva brasileira possa se planejar. Isso porque, nos próximos anos, à medida que forem ocorrendo as contemplações, os recursos chegarão ao mercado. É por isso que o consórcio tem se tornado um verdadeiro motor da produção automotiva brasileira, conforme mostramos nesse post.
A assessoria econômica da ABAC utilizou dados da B3 para medir a participação do consórcio nos cinco setores dos automotores. A saber: leves, motocicletas, caminhões, ônibus e implementos rodoviários. Considerando os indicativos de novos e seminovos, os percentuais variaram de 7,9% a 38,7%.
Cada percentual registrou o interesse dos consumidores, pessoas físicas e jurídicas, pela modalidade como forma de usufruir das características básicas como parcelas acessíveis, sem juros, prazos longos, poder de compra, sem cobranças retroativas, sem IOF, entre outros.
No segmento de veículos leves, observou-se que, do total geral, 9,0% foram realizados com créditos concedidos por contemplações, enquanto 91,0% originaram-se dos financiamentos.
Na divisão entre novos e usados, verificou-se que 10,4% dos veículos zero km foram comercializados via consórcio enquanto 89,6% foram por financiamentos. Nos seminovos, houve 8,7% pelo consórcio e 91,3% por financiamentos.
No segmento das duas rodas, observou-se que, do volume comercializado no mercado nacional, 30,4% foram utilizados a partir de créditos concedidos por consórcio, e 69,6% provenientes de financiamentos.
Ao separar em novas e usadas, 38,7% estiveram nas motos zero via consórcio e 61,3% foram por financiamentos. Nas seminovas, houve 7,9% pela modalidade consorcial e 92,1% por financiamentos.
No segmento dos veículos pesados, os caminhões mostraram que do total vendido internamente, 12,2% foram com uso de créditos liberados por consórcio e 87,8% procedentes de financiamentos.
Na separação entre novos e usados, houve 11,4% de caminhões zero comercializados via consórcio e 88,6% por financiamentos. Os seminovos somaram 12,7% via Sistema de Consórcios, enquanto 87,3% foram por financiamentos.
Ainda em veículos pesados, os implementos rodoviários totalizaram 20,8% de vendas pelo consórcio e 79,2% resultante de outras linhas de crédito, no mercado interno.
Na análise entre novos e usados, houve 18,9% de semirreboques zero via consórcio e 81,1% pelos vários tipos de financiamentos. Paralelamente, os seminovos atingiram 23,7% pelas contemplações e 76,3% por empréstimos variados.
Também em veículos pesados, divulgamos os ônibus que totalizaram 10,4% de vendas pelo consórcio e 89,6% resultante de outras linhas de crédito, no mercado interno.
Na análise entre novos e usados, houve 12,2% de ônibus zero via consórcio e 87,8% pelos vários tipos de financiamentos. Paralelamente, os seminovos atingiram 9,8% pelas contemplações e 90,2% por empréstimos variados.
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