Quase R$ 300 bilhões em créditos contratados via consórcio

04 . jan . 2024

O volume de créditos contratados via consórcio segue em viés de alta, de acordo com a assessoria econômica da ABAC. Em 2023, no período compreendido entre janeiro e novembro, a soma dos créditos dos novos contratos de consórcio firmados chegou a quase R$ 300 bilhões.

Em 11 meses de 2023, o total de créditos contratados via consórcio chegaram a R$ 293,62 bilhões. Superou, dessa forma, em 25,6% os R$ 233,73 bilhões alcançados em igual período de 2022. E mais, também superou o acumulado nos 12 meses de 2022, ocasião em que o volume de créditos contratados ficou em R$ 252,09 bilhões

Vale acrescentar ainda que os créditos contratados via consórcio cresceram em quatro dos cinco segmentos que compõem o Sistema de Consórcios. Apenas os consórcios de serviços e eletroeletrônicos tiveram retração, mas como os volumes são bastante inferiores aos registrados nos demais segmentos, não impactou no desempenho total do setor.

Confira abaixo segmentos que aumentaram o volume de créditos comercializados, de janeiro a novembro de 2023:

Consórcio de Veículos Leves
– R$ 96,14 bilhões (Jan-Nov/2023)
– R$ 74,73 bilhões (Jan-Nov/2022)
Crescimento de 28,6%

Consórcio de Motocicletas
– R$ 21,16 bilhões (Jan-Nov/2023)
– R$ 18,71 bilhões (Jan-Nov/2022)
Crescimento de 13,1%

Consórcio de Veículos Pesados
– R$ 43,58 bilhões (Jan-Nov/2023)
– R$ 39,14 bilhões (Jan-Nov/2022)
Crescimento de 11,3% 

Consórcio de Imóveis
– R$ 131,67 bilhões (Jan-Nov/2023)
– R$ 99,57 bilhões (Jan-Nov/2022)
Crescimento de 32,2%  

Em relação às retrações registradas, a maior se deu no consórcio de eletroeletrônicos. A baixa chegou a 52,6%, passando de R$ 865,38 milhões entre janeiro e novembro de 2022, para R$ 410,51 milhões em igual período de 2023. Nessa mesma comparação, o consórcio de serviços caiu bem menos (9,7%) fechando em R$ 660,65 milhões, ante os R$ 731,71 milhões anteriores.

Adesões chegam a quase 4 milhões

De janeiro a novembro, as vendas de novas cotas acumularam 3,87 milhões de adesões, alcançando 6,8% de alta sobre as 3,63 milhões comercializadas no mesmo período em 2022. Novamente, a soma confirmou que não há correlação entre a crescente demanda das adesões e a decrescente taxa de juros, 12,25% em novembro, da Selic.

Ao analisar cada segmento em que o consórcio está presente, o acumulado de adesões resultou da somatória de 1,56 milhão de veículos leves; 1,17 milhão de motocicletas; 726,67 mil de imóveis; 293,55 mil de veículos pesados, 75,50 mil de eletroeletrônicos; e 43,60 mil de serviços.

Crescimento também em tíquete médio

Paralelamente aos recordes em créditos contratados e adesões, notou-se aumento no valor do tíquete médio geral. Isso ocorreu mesmo com a redução em alguns segmentos, especialmente em razão de grande número de cotas comercializadas ter apresentado valor abaixo das médias setoriais. O tíquete médio de novembro de 2023 atingiu R$ 83,93 mil, 40,0% acima dos R$ 59,95 mil registrados um ano antes.

Ao considerar o comportamento do tíquete médio de novembro nos últimos cinco anos, verificou-se aumento nominal de 71,3% na evolução dos valores médios registrados. Ao descontar a inflação (IPCA) de 28,71% do período, na relação da diferença de R$ 49,00 mil verificada em novembro de 2019, para R$ 83,93 mil, no mesmo mês de 2023, houve valorização real de 33,1%. 

“Os resultados do Sistema de Consórcios são explicados pela escolha do mecanismo entre as opções disponíveis ao consumidor brasileiro que, ao ter a possibilidade de adquirir bens ou contratar serviços, busca planejar seus compromissos mensais adequando-os ao seu orçamento e os administrando com conhecimento de suas finanças pessoais”, conclui Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.

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