Como já mostramos aqui, no Blog da ABAC, o consórcio de máquinas agrícolas se tornou o protagonista do consórcio de veículos pesados, segmento que tem o maior tíquete médio do Sistema de Consórcios. No post de hoje, falaremos das peculiaridades que fazem essa modalidade ser tão interessante para o agronegócio.
O consórcio de veículos pesados reúne caminhões, tratores, implementos rodoviários e agrícolas. Ao considerar os recentes dados divulgados no relatório do Banco Central sobre veículos pesados, é possível estimar que, atualmente, há 51% de consorciados de máquinas agrícolas, 41% de caminhões e 8% de outros equipamentos. Esse resultado revela um novo cenário, visto que, até então, caminhões lideravam o segmento.
Considerando-se 898,5 mil participantes ativos em junho, os pesados distribuem-se em 458,24 mil participantes de máquinas agrícolas, 351,99 mil de caminhões e 88,27 mil relativos a outros veículos e máquinas pesadas.
O consórcio no agronegócio tem, entre os cotistas, dois terços de pessoas físicas e um terço de pessoas jurídicas, com 90,0% dedicados à produção agrícola e 10,0% à de origem animal.
Com maior presença nas regiões Sudeste e Sul, embora também em menor número nas outras regiões do país, o consórcio de máquinas agrícolas tem na liberdade e flexibilidade suas principais vantagens.
A começar pela possibilidade de utilizar o crédito para a compra de maquinários novos ou seminovos, e dos mais variados tipos. Os destaques ficam para os tratores, colheitadeiras, semeadoras e preparadoras. Além disso, pode ser utilizado para ampliação de instalações, transportes, serviços e eletroeletrônicos.
Face às variedades de culturas e de épocas de semeadura e colheita, tanto na monocultura como na policultura, e ainda nas criações da pecuária, existem diversas formas de pagamento das parcelas dos consórcios:
Além dessas características, os baixos custos e a atualização do crédito, somados ao poder de compra à vista, tornam o mecanismo uma ótima opção para os participantes.
Nos sete meses iniciais, os negócios realizados nos consórcios de pesados cresceram 14%, apoiados pela forte alta de 31,9% do tíquete médio de julho.
Mesmo com retração de 11,3% nas vendas no acumulado de janeiro a julho (118,37 mil em 2025 x 133,40 mil em 2024), as adesões seguiram em recuperação. Em janeiro observou-se que a soma das adesões era de 14,68 mil. No mês seguinte, cresceu para 14,83 mil. Já em março, subiu para 15,68 mil, enquanto, em abril, chegou a 17,35 mil. Maio foi a ocasião em que o segmento conquistou o melhor desempenho do ano até o sétimo mês, com 20,94 mil adesões. Por fim, em junho caiu para 16,15 mil, recuperando-se em julho, com o segundo melhor volume do ano: 18,76 mil.
Mesmo com retração nas vendas no acumulado dos sete meses, os créditos comercializados subiram 14% ao somar R$ 27,5 bilhões. Isso se deve ao aumento de 31,9% no tíquete médio do segmento – R$ 257,85 mil, o maior do Sistema. Esse setor, que reúne caminhões, tratores, implementos rodoviários e agrícolas, registrou alta de 15,2% nos participantes ativos de julho.
As contemplações nos sete meses do ano também cresceram 15,2%, sendo o total disponibilizado significativamente maior que em 2024 (+43,3%).
A ABAC apresentou novidades ao divulgar o desempenho do Sistema de Consórcios em julho. A partir de agora, os resultados do segmento de veículos pesados seguem novos demonstrativos. O novo formato apresenta os números do segmento de pesados com maior detalhamento, o que contribui para melhores análises.
Excelente material de informaçoes em geral para todos.
Que bom que gostou, Jose!