As perspectivas para geração e utilização de energia limpa no Brasil são imensas. Afinal, esses novos modelos de sustentabilidade conciliam qualidade de vida com desenvolvimento econômico.
Contrariamente ao que acontece em diversos países – cujas matrizes energéticas ainda são dependentes de combustíveis fósseis, como carvão, gás natural e petróleo, no Brasil, de acordo com a Matriz Elétrica Brasileira, a dependência de não renováveis é de 17,7%, sendo 3,8% importada e 0,9% nuclear.
Segundo o balanço, em janeiro de 2023, 81,4% da energia gerada no país teve origem em fontes renováveis. A geração hidráulica liderou a participação, com 51,3%; na sequência, veio a solar fotovoltaica, com 11,2%; depois a eólica, com 11,1%; e biomassa e biogás, com 7,8%.
Levantamento feito pela ABAC constatou que há atualmente 1,5 milhão de consumidores que utilizam energia solar no Brasil. Desses, um milhão adquiriram seus próprios equipamentos e vêm gerando sua energia.
Segundo o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia, esse montante representa apenas de 2% a 3% do total de consumidores. “Ainda temos um universo imenso para explorar. Há muitas oportunidades de geração de negócio, de emprego e de renda para a população com o uso da energia solar”, ressalta.
Os dados da ABSOLAR comprovam a boa perspectiva desse setor. Segundo a associação, no Rio de Janeiro, foram registradas 82,4 mil conexões em telhados e pequenos terrenos, em abril deste ano. No Mato Grosso, foram outras 70,6 mil, com presença em 100% dos municípios. Em São Paulo, foram mais 282,5 mil, compreendendo também todos os 645 municípios paulistas.
A implantação de um sistema fotovoltaico envolve investimentos significativos. E os custos para a instalação em uma residência, por exemplo, podem variar de R$ 15.000,00 a R$ 25.000,00. “São valores que exigem uma tomada de decisão de forma consciente e planejada”, destaca o economista da ABAC, Luiz Antonio Barbagallo.
Simulações financeiras estimam que o tempo de retorno desse investimento, o payback, é próximo a 4 anos. Por outro lado, a vida útil estimada para uso desses equipamentos é de 25 anos. Ou seja, após o período de recuperação do capital investido com os equipamentos, o consumidor passa a ter ganhos ao longo de anos.
O economista da ABAC aponta um horizonte de crescimento para esse setor por meio do consórcio. “Para aqueles que não possuem o capital para fazer o investimento à vista, o Sistema de Consórcios é uma alternativa muito interessante, em função dos baixos custos envolvidos”, afirma.
O economista da ABAC simulou uma situação considerando pessoa jurídica que tem gasto mensal de energia elétrica de R$ 1.000. Ao planejar a substituição dessa fonte por placas fotovoltaicas, a empresa aderiu a uma cota de consórcio no valor de R$ 25 mil, com prazo de 60 meses e taxa de administração de 0,29% ao mês. Ele concluiu que, após a contemplação e instalação do equipamento, a parcela mensal de R$ 490,00 do consórcio geraria uma economia de R$ 510,00, que poderia ser utilizada em novos investimentos no negócio.
“Face às suas características e peculiaridades, o consórcio viabiliza a instalação dos equipamentos com custo final baixo, prazos longos e parcelas acessíveis, atualização de crédito, apoiados em planejamento, que tornam o sistema econômico e adequado às necessidades dos consumidores, em um mercado futuro a ser explorado”, completa o presidente executivo da ABAC, Paulo Roberto Rossi.
Saiba mais sobre o consórcio para a compra de bens sustentáveis no post abaixo:
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