A inflação gera incertezas na economia, desestimula o investimento e prejudica o crescimento econômico do país. Mas a economia tem no consórcio um importante aliado, capaz de criar e atender a demanda sem gerar inflação.
De acordo com a definição do Banco Central do Brasil, a inflação é o aumento dos preços de bens e serviços e a consequente diminuição do poder de compra da moeda. As causas podem ser pressões de demanda, pressões de custos, inércia inflacionária e expectativas de inflação.
“Primordialmente, o aumento da base monetária coloca mais dinheiro na economia, o que por consequência aumenta a demanda de bens e serviços, que, quando não acompanhada do aumento da oferta, gera inflação. Afinal, com mais dinheiro na mão, as pessoas consomem mais”, explica Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC.
E esclarece o impacto da taxa de juros. “Uma política responsável mantém os juros altos para controlar a demanda. Isso também segura a cotação do dólar, pois atrai capital estrangeiro em busca de maior rentabilidade, mantendo o câmbio baixo pela maior oferta de moeda estrangeira”, diz.
No Brasil, antes da estabilidade da moeda, tivemos vários planos econômicos, sempre visando controlar a inflação. Foram adotadas diversas medidas para restringir o consumo, tais como a limitação dos financiamentos, da formação de novos grupos de consórcio e aumento das taxas de juros.
Como o consórcio é uma compra planejada, a indústria também pode planejar a entrega de bens e, assim, ela pode fazer programação da sua produção para gerar a continuidade das vendas
“Com uma história de mais de 60 anos, o consórcio sempre contribuiu para o desenvolvimento sustentado da economia, por se tratar de compra planejada, com liberação paulatina de créditos ao longo dos prazos dos grupos, sem gerar variações abruptas de demanda”, explica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
Logo, ele reforça que o consórcio jamais foi e jamais será um mecanismo inflacionário. “Ao contrário: consórcio é um produto que estimula a atividade econômica sem pressionar os preços, sem gerar variações abruptas de demanda”, diz Rossi.
Sendo assim, ao criar demanda programada e não gerar inflação, o consórcio propicia negócios e contribui para a economia do país. Em 2023, o setor respondeu por 5,3% do Produto Interno Bruto (PIB), calculado a partir da base de R$ 574 bilhões totalizados nos Ativos Administrados.
Apenas no primeiro semestre deste ano, o Sistema de Consórcios movimentou mais de R$ 170 bilhões, resultado de 2,1 milhão de adesões. No período, injetou potencialmente quase R$ 50 bilhões em vários segmentos produtivos. Em junho, somou 10,7 milhões de consorciados ativos, volume que cresce mensalmente, mostrando a força do Sistema de Consórcios.
“O consórcio age como verdadeiro lubrificante nos diversos mercados nos quais está presente”, conclui Rossi.
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