O consórcio de serviços voltou a crescer no país, considerando dados divulgados pela assessoria econômica da ABAC. Entre janeiro e agosto de 2024, os indicadores ligados a novos negócios, como cotas vendidas e créditos comercializados, registraram desempenho positivo. Será a hora da virada para o segmento, depois de três anos de baixas?
Desde sua criação, em 2008, o consórcio de serviços atendeu àqueles que desejam contratar os mais diversos tipos de serviços – clique aqui para ler a última pesquisa da ABAC sobre o assunto. Entretanto, desde 2020, quando começou a sentir os impactos da pandemia da covid-19, o segmento não voltou a registrar alta no acumulado de um único ano.
Das 108,16 mil cotas vendidas no acumulado de 2020, o consórcio de serviços chegou ao total de 47,06 mil no fechamento dos 12 meses de 2023. Se o ritmo de evolução nas vendas for mantido entre setembro e dezembro deste ano, o resultado de 2024 será a primeira alta em quatro anos.
De janeiro a agosto de 2024, o total de cotas de consórcio vendidas para contratação de serviços chegou a 35,16 mil. Dessa forma, as vendas cresceram 7,5% em relação às 32,71 mil cotas comercializadas em igual período do ano passado. Dos oito meses do ano, em cinco oportunidades as vendas de cotas superaram o alcançado no respectivo mês de 2023. O destaque ficou por conta de maio, com 5.574 cotas vendidas, ocasião em que a alta chegou a 43,6%.
Além de estarem ocorrendo em maior quantidade, outra característica perceptível a partir dos dados da ABAC é de que aumentou o valor médio delas. O chamado tíquete médio do mês, em agosto, fechou em R$ 16,41 mil – elevação de 9,4% ante os R$ 15 mil de um ano antes.
À respeito do tíquete médio, vale acrescentar que o consórcio de serviços vem de um recorde alcançado em maio de 2024. Na ocasião, o valor médio da cota vendida fechou em R$ 18.463. O recorde anterior pertencia a junho de 2023, quando ficou em R$ 17.763.
É possível constatar outra consequência do aumento das adesões e do valor médio das cotas vendidas. O incremento no volume de créditos comercializados, que disparou 22%. Entre janeiro e agosto, foram R$ 596,95 milhões no indicador que representa o somatório dos valores de todas as cotas de consórcio vendidas no período. Ano passado, no mesmo intervalo, foram comercializados R$ 489,45 milhões em créditos.
Ao longo dos oito meses de 2024, em sete oportunidades o volume de créditos comercializados pelo consórcio de serviços superou o respectivo mês de 2023. A exceção ocorreu em março, quando os R$ 55,6 milhões registrados ficaram abaixo dos R$ 66,5 milhões de um ano antes.
Na avaliação do economista da ABAC, Luiz Antonio Barbagallo, a recuperação percebida pelo consórcio de serviços ainda é tímida. “Depois da pandemia, o segmento foi caindo, inclusive no que entendo ser reflexo dela. Agora esboça uma recuperação que possivelmente deve se manter, já que as previsões para o país são de aumento nas atividades ligadas ao turismo”, ponderou.
Para saber mais sobre o consórcio para contratação de serviços, leia este post. Caso tenha encontrado alguma dificuldade nos entendimentos dos indicadores contidos ao longo do texto, recomendamos a leitura do post abaixo:
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