O número de brasileiros que optaram pelo consórcio de imóveis vem crescendo ao longo dos anos. E no encerramento de 2020, fechou em volume recorde. Dados da assessoria econômica da ABAC mostram que passou de 1 milhão o total de participantes ativos em grupos do segmento.
A marca de 1 milhão de consorciados ativos foi superada pela primeira vez no mês de novembro de 2020. Na ocasião, o Sistema de Consórcios contabilizou 1,02 milhão de participantes em grupos do consórcio de imóveis. No mês seguinte, esse número foi ampliado, fechando em 1,04 milhão. Trata-se de uma elevação de 5,4% em relação aos 986,7 mil existentes em dezembro de 2019.
São considerados participantes ativos os consorciados que estão em grupos de consórcio e que já foram contemplados e continuam pagando suas prestações ou aqueles que ainda aguardam a contemplação. O número não considera os consorciados que foram desligados do contrato por atrasos ou desistência. Portanto, a expansão deste indicador, que foi crescente ao longo de todos os meses de 2020, está diretamente relacionada ao aumento da procura por novas cotas do segmento de imóveis.
As adesões ao consórcio imobiliário acumularam crescimento de 14% em 2020. De janeiro a dezembro, foram registradas 368,52 mil adesões, ante 323,2 mil em igual período de 2019. O valor médio da cota comercializada em 2020 ficou em R$ 177,18 mil – segundo maior valor em todo o Sistema de Consórcios, perdendo apenas para o consórcio de veículos pesados. Dessa forma, representou valorização de 17,5%, já que em 2019 o valor médio da cota no ano ficou em R$ 150,83 mil.
Com o aumento na venda de novas cotas e no tíquete médio, naturalmente o segmento de imóveis viu seu faturamento aumentar. O volume de créditos comercializados consolidou R$ 65,28 bilhões, incremento de 33,9% ante os R$ 48,75 bilhões registrados entre janeiro e dezembro de 2019.
O consórcio de imóveis é uma opção econômica, em que o consumidor define o valor do crédito necessário e o prazo máximo para adquirir o imóvel – leia o post Consórcio Imobiliário: como funciona? Os recursos para as compras dos bens vão sendo disponibilizados aos consorciados através das contemplações, que tiveram pequena retração de 1,3% em 2020. Foi o único indicador do segmento a fechar em baixa ao contemplar 76,89 mil participantes.
Apesar de um pouco menor considerando o total de contemplações, o volume de créditos disponibilizados aos contemplados fechou em forte aceleração. A expansão foi de 73,5%, passando de R$ 7,8 bilhões, em 2019, para R$ 13,53 bilhões, em 2020. Esses recursos contribuíram com o mercado imobiliário, que enfrentou um ano difícil, beneficiando consorciados que estão planejando a aquisição de bens imóveis, como casa, apartamento ou imóvel comercial, mas também os que querem comprar um terreno ou até fazer uma reforma – leia aqui pesquisa sobre o uso dos créditos no consórcio de imóveis.
Entre as principais características do segmento de imóveis está a possibilidade de o trabalhador/consorciado utilizar o saldo nas contas do FGTS. Em 2020, 3.396 participantes utilizaram R$ 166,09 milhões, de acordo com o Gepas/Caixa, para pagar parcelas, quitar débitos, ofertar valores em lances ou complementar créditos.
Agora que você conhece os números do consórcio de imóveis em 2020, que tal conhecer a história de quem optou pelo mecanismo para realizar seus objetivos? Separamos alguns cases para você se inspirar:
“Consórcio me ajudou a reconstruir a vida depois de um incêndio”
“Consórcio é o modelo mais atrativo para comprar um imóvel”
Consórcio e planejamento: receita para sair do aluguel
Ótimo conteúdo