Design Thinking e sua relação com o Sistema de Consórcios

08 . abr . 2025

O contexto contemporâneo é marcado por constantes transformações, demandando soluções inovadoras para enfrentar desafios e impulsionar o desenvolvimento. Nesse cenário, o Design Thinking emerge e vem amadurecendo como uma abordagem estratégica que promove a elaboração de soluções criativas e eficientes. Assim, proporciona resultados alinhados às necessidades do mercado.

Fabianna Castro, assessora de marketing da ABAC comenta que é possível relacionar o Desigh Thinking ao funcionamento do Sistema de Consórcios, por se tratar de uma abordagem para a inovação centrada no ser humano. Nesse sentido, utiliza ferramentas de design para integrar as necessidades das pessoas, as possibilidades tecnológicas e os requisitos estratégicos para o sucesso dos negócios.

O Design Thinking se estrutura em cinco etapas fundamentais: empatia, definição, ideação, prototipagem e teste. Ao comentar sua influência no Sistema de Consórcios, Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC, destaca que “desde sua origem, o consórcio tem sido solução financeira para consumidores”, pontuou.

Em seu início, ainda na década de 60, o consórcio viabilizou a venda dos primeiros veículos da recém-criada indústria automobilística que, à época, não dispunha de linhas de crédito. 

“Ao longo de mais de seis décadas, o Sistema de Consórcios vem evoluindo e incluindo, além da histórica comercialização dos primeiros automóveis, todos os produtos da indústria automotiva, vários tipos de imóveis, os mais atualizados eletroeletrônicos e diversos serviços. Com isso, demonstra versatilidade ao oferecer oportunidades a partir da essência da educação financeira”, pondera Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.

Tecnologia e inovação no consórcio

Uma das razões que propiciaram o sucesso do consórcio está na tecnologia que vêm tornando o negócio 100% digital. Na cultura de inovação, os colaboradores se sentem mais livres para participar da implementação e oferecer ideias que ajudam a solucionar as demandas levantadas junto ao mercado consumidor e alcançar bons resultados.

A prática dessa metodologia não segue uma fórmula rígida. Ou seja, varia conforme o modelo de negócio, o estágio de maturidade da empresa e outros fatores contextuais dos produtos. “No consórcio, além de cumprir a legislação e as normas editadas do Banco Central, as administradoras têm buscado criar estratégias e desenvolver planos que atendam às necessidades individuais ou setoriais”, afirma Barbagallo.  Entretanto, um aspecto invariável é a execução colaborativa, que maximiza a geração de insights e facilita a aplicação efetiva das soluções identificadas.

Design Thinking no aprimoramento de processos

O Design Thinking é amplamente associado à inovação em produtos e serviços. Entretanto, seus princípios encontram ressonância em modelos já consolidados, como o Sistema de Consórcios. Ambos compartilham a preocupação com a solução de problemas e a satisfação das necessidades dos consorciados, especialmente na gerência das finanças pessoais, evidenciando o potencial do Design Thinking para aprimorar processos.

Há aproximadamente dois anos, diversas administradoras buscaram desenvolver aplicativos que proporcionassem soluções rápidas para as obrigações relativas à viabilização das contemplações para aquisição de bens. Além disso, integraram nesses aplicativos outras ferramentas que utilizam dados, inteligência artificial, informações de mercado, tudo isso com o objetivo de trazer facilidade e autonomia para o consorciado na aquisição do bem.   

É possível dizer que a análise, antes manual, está cada vez mais automatizada, por meio de motores de decisão. A assertividade, agilidade e segurança da operação vêm de integrações automáticas com bureaux de crédito, ferramentas antifraude, pesquisa de informação em órgãos oficiais. Isso tudo permite decidir de forma rápida pela aprovação, solicitação de garantias complementares ou mesmo reprovação da liberação do crédito, seja pessoa física ou jurídica.

Contemplada por sorteio

O caso de Francisca Conceição dos Santos, 56 anos, de Contagem (MG), traz essa percepção do potencial do Design Thinking no aprimoramento de processos. Ela aderiu ao consórcio de automóveis no final de 2023. Passados 14 meses, em dezembro de 2024, saiu a contemplação por sorteio. 

“O processo de liberação do crédito para compra do meu primeiro carro foi muito rápido”, explicou Francisca. “Foi uma surpresa. Em questão de minutos, fui aprovada. Como aconteceu no período compreendido entre Natal e ano novo, acabei por fechar o negócio também sem muita demora”, completou.

A opção pelo consórcio, na compra de seu primeiro carro, está relacionada a planejamento. “Assim não teria que pagar os juros cobrados em financiamentos, que só é bom para imediatistas”, disse.

Tais procedimentos, no passado, se estendiam por alguns dias face aos trâmites legais e análise pessoal. Com a utilização das técnicas de Design Thinking, transformadas em soluções a partir dos desejos do consorciado contemplado, passaram a demorar minutos ou poucas horas, facilitando, inclusive, a aquisição do bem. 

“O Design Thinking tem a capacidade de criar soluções simples, práticas e criativas para desafios financeiros, combinada com a habilidade de testar e aplicar novas ideias. Isso o torna uma ferramenta importante na solução de objetivos pessoais, familiares, profissionais e empresariais, proporcionado pelo Sistema de Consórcios”, conclui Rossi.

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