Os serviços responderam por 70% do PIB brasileiro no ano passado, segundo o IBGE. Após retração de 7,8% em 2020, cresceu 10,9%, maior percentual registrado desde 2012. Com o fim da pandemia, cresceram as oportunidades para todo o setor, assim como para o consórcio de serviços.
Os serviços, que em sua maioria demandam contatos pessoais e, por isso, foram restringidos durante a pandemia, têm agora um amplo espaço para crescimento com o avanço da vacinação, abrindo uma janela de oportunidades para o Sistema de Consórcios.
Dos R$ 412 bilhões de ativos administrados pelo Sistema em 2021, R$ 2,4 bilhões eram do consórcio de serviços. Se considerarmos somente o valor do segmento, que somou R$ 5,2 trilhões, temos uma participação de 0,046% do consórcio. “Com apenas 13 anos de existência, trata-se de uma participação relativamente significativa”, ressaltou Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.
Muitos planos foram adiados durante o período de lockdown, como casamentos, viagens, cursos no exterior, cirurgias plásticas e até pequenas reformas. A demanda reprimida durante deverá dar lugar à efetiva concretização dos sonhos.
“Aquele consumidor que age de forma planejada e com os pés no chão, terá no Sistema de Consórcios um grande aliado. Como observado em pesquisa da ABAC, realizada pela Kantar, o consumidor do consórcio de serviços, quando tem um sonho em mente, gosta de traçar metas claras para alcançá-lo”, destacou Rossi.
Nessa pesquisa, identificou-se ainda que os objetivos de longo prazo e a não urgência são claros, além de que há um forte componente emocional envolvido, sensação de poder, conquistas e sonhos. Entre as declarações colhidas incluem-se: “Não era algo urgente, eu vi que podia adiar, esperar. O consórcio torna-se um compromisso, uma forma de conseguir algo”; “Eu não tenho pressa, e até prefiro pegar depois que estiver tudo quitado”.
Como autofinanciamento, o consórcio de serviços tem tido presença crescente em vários tipos de usos, em especial no mercado imobiliário como solução simples, planejada e econômica para quem deseja reformar, ampliar, refazer ou instalar algum sistema no imóvel.
Pesquisa realizada em março deste ano pela assessoria econômica da ABAC mostrou que 75% das utilizações dos créditos de serviços foram voltados para pequenas reformas, 1,6% para saúde e estética, 1,6% para turismo, 0,5% para educação e 0,41% para festas e eventos.
“Todos esses aspectos justificam que, de tímidas 3,5 mil cotas ativas em 2009, o segmento de serviços passou a ter mais de 190 mil, em março de 2022″, uma grande evolução em apenas pouco mais de uma década”, finalizou o presidente da ABAC.
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