O ano de 2021 foi o melhor em 15 anos para o consórcio de eletros, como é mais conhecido o segmento de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis. Em se tratando de vendas, o segmento contabilizou 129,65 mil cotas vendidas, aumentando em 67,7% o resultado obtido no acumulado de 2020, quando foram comercializadas 77,28 mil cotas. Com isso, atingiu seu melhor desempenho desde 2007, quando foram vendidas 148.390 cotas.
Criado na década de 1980, quando a indústria eletroeletrônica se instalou no País, o consórcio de eletros já foi o maior de todo o Sistema de Consórcios. Porém, nos anos 1990, com a facilidade de crédito conquistada a partir da estabilização da moeda, o segmento foi perdendo espaço, principalmente para o consórcio de veículos automotores em geral.
No início deste século, as vendas do consórcio de eletroeletrônicos começaram a cair até atingir seu ponto mais baixo em 2015: 13.050 cotas comercializadas. A retomada começou no ano seguinte. Desde então, vem crescendo ano após ano, tendo retornado, em 2021, ao patamar das 100 mil cotas vendidas, o que não ocorria desde 2008. Os dados divulgados pela assessoria econômica da ABAC mostram ainda que o segmento deixou a lanterna do ranking do Sistema de Consórcios, que agora pertence ao consórcio de serviços, o único a registrar queda nas adesões.
Assim como ocorreu em número de cotas vendidas, em 2021, o consórcio de eletros deixou o segmento de serviços para trás no que se refere ao volume de créditos comercializados. Foram contratados créditos da ordem de R$ 1,1 bilhão no ano, mais que dobrando os R$ 487,18 milhões alcançados em 2020. O volume também superou em cerca de 11% o total contratado no consórcio de serviços, que chegou a R$ 976,29 mil.
Além de mais numerosas, outra característica marcante das cotas do consórcio de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis em 2021 foi que elas aumentaram seu valor médio. Vindo de uma pequena retração registrada de 2019 para 2020, quando baixou de R$ 6.680 para R$ 6.303, fechou o ano com expansão de 34,4%, chegando a R$ 8.474. O ápice foi registrado em abril, quando o valor médio da cota comercializada naquele mês ficou em R$ 11.004.
Outro indicador que mede o volume de créditos, mas no caso os disponibilizados aos consorciados para aquisição de bens após contemplação, também teve excelente desempenho em 2021. Ao todo, foram disponibilizados mais de R$ 281,86 milhões em créditos, o que supera em 32,4% o total disponibilizado um ano antes, quando foram R$ 212,83 milhões. Em dois anos, esse indicador mais que triplicou, já que em 2019 foram R$ 82,5 milhões.
Os recursos disponibilizados aos contemplados cresceram, assim como o número de contemplações, que está em alta desde 2017, quando foram 7.920 consorciados contemplados. Nestes cinco anos, as contemplações cresceram mais de cinco vezes, até chegar aos 33,05 mil de 2021. Em relação a 2020, quando foram 32,47 mil contemplados, a elevação foi de 1,8%.
Por fim, outro indicador que confirma o melhor desempenho do consórcio de eletroeletrônicos em 15 anos é o de participantes ativos. Com 183,85 mil consorciados em dezembro de 2021, este foi o melhor resultado desde outubro de 2007, ocasião em que havia 186.497 consorciados em grupos do consórcio de eletroeletrônicos. Desde julho de 2017 que esse indicador mensal tem resultados positivos, quando comparado com o respectivo mês do ano anterior.
Para conhecer outros resultados do Sistema de Consórcios em 2021, leia este post.
E não perca, em breve, a nova edição do Anuário do Sistema de Consórcios, elaborado pela ABAC, trazendo todos os dados do setor em 2021, na comparação com 2020.
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