Cotas de consórcios vendidas atingem valor recorde em abril

10 . jun . 2021

Entre os principais indicadores do Sistema de Consórcios, está o chamado tíquete médio. Este, que se refere ao valor médio das cotas de consórcios contratadas em determinado período, atingiu recorde em abril de 2021. De acordo com a assessoria econômica da ABAC, o valor fechou em R$ 64.410, sendo o melhor resultado do setor de consórcios até então.

A alta do tíquete médio – leia o post Entenda os números do Sistema de Consórcios, poderia estar naturalmente ligada a um avanço inflacionário. Isso porque, ao comprar uma cota de consórcio, o consumidor tem estabelecido, em contrato, o valor que será necessário para adquirir determinado bem ou contratar um serviço. Portanto, com os reajustes dos preços dos bens, é natural que os valores contratados também cresçam. 

O que se tem observado é que o valor médio dos contratos de consórcio tem crescido em percentuais bem acima da inflação. O tíquete médio de abril de 2021, por exemplo, é 20,3% superior aos R$ 53,53 mil registrados em abril de 2020. Nesse mesmo período, a inflação medida pelo IPCA foi de 6,4%.

Desempenho parecido pode ser observado considerando também o valor anual. Até abril, a média anual de 2021 está em R$ 61.507, o que representa 13,5% de alta em relação ao valor médio de 2020, que foi de R$ 54,18 mil. Este resultado, por sua vez, foi 15,6% superior aos R$ 46,88 mil, contabilizados em 2019. Nessa comparação anual, entre 2020 e 2019, o IPCA medido pelo IBGE ficou em 4,52%.

Segundo avaliação da assessoria econômica da ABAC, outra questão atrelada ao aumento do tíquete médio são os grupos com bens de valores superiores. Existem, por exemplo, motos de R$ 15 a R$ 50 mil e veículos leves de R$ 50 a R$ 100, além dos segmentos de veículos pesados e imóveis, com valores médios por volta de R$ 200 mil.

Valor médio das cotas se mantém acima de R$ 60 mil

O patamar de R$ 60 mil no tíquete médio das cotas de consórcios foi superado pela primeira vez em setembro de 2020. Naquela ocasião, o indicador fechou em R$ 61.438. Dois meses depois, em novembro, veio novo recorde, de R$ 63.781, que só fui superado em abril de 2021. Há que se acrescentar ainda que foi o terceiro mês seguido que esse patamar é mantido, já que em março ficou em R$ 60.132 e, em fevereiro, ficou em R$ 64.111. 

Veja abaixo como ficou a elevação do tíquete médio por segmento:
  • Pesados

R$ 225,1 mil (Abril/2021)
R$ 165,3 mil (Abril/2020)
Alta de 36,2%

  • Eletros

R$ 11 mil (Abril/2021)
R$ 8,97 mil (Abril/2020)
Alta de 22,6% 

  • Serviços

R$ 12,86 mil (Abril/2021)
R$ 10,92 mil (Abril/2020)
Alta de 17,8% 

  • Veículos Leves

R$ 49,29 mil (Abril/2021)
R$ 43,54 mil (Abril/2020)
Alta de 13,2% 

  • Motocicletas

R$ 14,25 mil (Abril/2021)
R$ 13,91 mil (Abril/2020)
Alta de 2,4%

  • Imóveis

R$ 188,41 mil (Abril/2021)
R$ 186,77 mil (Abril/2020)
Estável

Para saber mais sobre o desempenho do Sistema de Consórcios em abril, leia o Drops de Mercado.

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Drops de Mercado

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