Imagine-se na seguinte situação: um produto te chama a atenção em uma vitrine. Antes da decisão de entrar na loja e efetuar a compra, você se pergunta sobre suas necessidades? Cogita procurar o mesmo produto em outra loja por um preço melhor? Ou é daqueles que não resiste à tentação e compra por impulso?
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) realizou uma pesquisa para traçar um panorama da compra por impulso no país. Entre os entrevistados, mais da metade (55,3%) relatou ter o hábito de planejar suas compras. Porém, o levantamento detectou que todos os consumidores cedem ao impulso de comprar pelo menos um dos 45 produtos investigados, sendo que 46,6% deles relataram ter um grau médio de impulsividade. Entretanto, o estudo identificou que há uma diferença entre o que foi declarado pelos entrevistados e suas atitudes: 26,5% dos que apresentaram alto grau de impulsividade relataram que nunca compram produtos que não precisam.
Veja o episódio “Eu Vou Levar”, da série “Eu e Meu Dinheiro”, do Banco Central do Brasil (BCB), que ajuda ilustrar essa situação, mostrando dois jovens que apesar de terem condições socioeconômicas semelhantes, possuem hábitos de consumo bastante diferentes.
https://www.youtube.com/watch?v=FdTip4SdWMw
Neste vídeo, vemos um consumidor que age de forma estratégica e realiza compras planejadas, e outro que mesmo não tendo programado fazer a compra de um tênis, se deixou levar pelos impulsos ao ver um modelo novo, bem posicionado na vitrine da loja. Na compra por impulso, ocorre uma abreviação de certas etapas do ciclo de compra. No caso do vídeo, o consumidor não avaliou e identificou sua necessidade, tampouco procurou alternativas de preço. É justamente na abreviação dessas etapas que o impulso acaba levando à decisão de compra, inclusive por ser algo mais imediato, sem avaliar o custo x benefício, visto que o consumidor pagará mais por aquele produto.
Compra por impulso gera endividamento
Ao consumir, existem dois conjuntos de benefícios que as pessoas estão procurando. O primeiro conjunto são os chamados benefícios utilitários, quando o consumidor o faz porque há uma necessidade. Os outros são os chamados benefícios informativos, de cunho social, mediados por outras pessoas. Nessa categoria, entram status, prestígio, marcas de luxo, de moda e assim por diante, com a pessoa buscando se destacar no grupo – são justamente esses que estão associados a compra por impulso, que geram excesso de despesas frente a receitas e levam ao endividamento.
5 dicas para evitar a compra por impulso
Esse texto foi escrito com informações do projeto “Cidadania Financeira”, do Banco Central (BC).
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