Desde 2014, quando a crise financeira passou a ganhar mais destaque na mídia e a ser sentida de perto pela população, com a inflação aumentando e o poder de compra dos salários caindo, os brasileiros estão guardando menos dinheiro na poupança. Ainda que o cenário não seja favorável, é possível encontrar caminhos para fechar o mês no azul e manter o hábito de poupar, garantindo a realização de sonhos mesmo em tempos difíceis.
O primeiro passo para conseguir poupar dinheiro é reavaliar e reorganizar o orçamento familiar. É possível até mesmo recorrer à tecnologia e utilizar aplicativos para conseguir controlar os gastos (confira o post 5 Apps que vão melhorar seu controle financeiro). Mudar alguns pequenos hábitos, eliminando desperdícios, também contribui para fazer as despesas fixas caírem. Além disso, vale repensar seus hábitos de consumo para avaliar o que te leva a comprar, se a razão ou a emoção. Dessa forma, fica mais fácil identificar o que é realmente necessário e o que são apenas desejos ou gastos supérfluos.
Brasileiro passa a poupar menos
Dados do Banco Central do Brasil (BCB) mostram que 2014 foi o último ano que a captação líquida da poupança teve resultado positivo, fechando em R$ 23,75 bilhões. Isso significa que o montante depositado superou o valor total que foi retirado. Desde então, a piora do quadro financeiro do país fez com que as retiradas passassem a superar os depósitos, ficando com déficit (total retirado superando o total depositado) de R$ 50,15 bilhões, em 2015, e já ficando em déficit de R$ 39,14 bilhões até agosto de 2016.
Depois de ter registrado o seu maior valor em 2014, quando fechou em mais de R$ 522 bilhões, o saldo da poupança está em queda e já acumula cerca de R$ 495 bilhões até agosto de 2016. Isso é reflexo ainda do aumento de contas de poupanças inativas – aquelas que têm saldo abaixo de R$ 20 e não foram movimentadas nos últimos seis meses. Em junho de 2016, foram mais de 37 milhões de contas inativas, superando o registrado no mesmo mês dos anos de 2015 (35,65 milhões) e 2014 (32,82 milhões).
Poupar com consórcio
O consórcio é uma modalidade de crédito que, mesmo em tempos de crise, te permite poupar de uma forma diferente: em grupo. Todos os integrantes contribuem mensalmente com um valor pré-determinado, formando uma poupança comum que será utilizada para a compra do bem ou contratação do serviço desejado por cada um deles. A definição da ordem de utilização do crédito – ou seja, a contemplação – se dá por meio de sorteio e lance.
O consórcio é uma modalidade segura e transparente que pode ajudar a disciplinar até mesmo quem tem dificuldade de fazer sobrar uma parte do salário, pois as parcelas têm data de vencimento e valor determinado.
Antes de entrar em um grupo de consórcio, certifique-se de que está adquirindo a cota de uma administradora autorizada pelo Banco Central. Ainda, como a taxa de administração do consórcio varia entre as empresas, pesquise os planos disponíveis para identificar aquele que tem os melhores prazos e valores para o seu bolso.
Não se esqueça de ler as cláusulas do contrato para ficar atento sobre seus direitos e deveres. A partir de então, ao ser contemplado, você poderá receber um crédito que será atualizado de acordo com as normas previstas no contrato. Assim, você terá garantido o poder de compra, mesmo se o valor do bem ou serviço for alterado.
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