Não apenas pessoas físicas vem aderindo cada vez mais ao consórcio de serviços para a realização de seus desejos pessoais e/ou familiares, como pessoas jurídicas. Um levantamento recente da ABAC revelou que as pessoas jurídicas representam 15,3% dos consorciados deste segmento. Em fevereiro de 2016, a participação era de apenas 2,6% Isso representa uma evolução de 588,4%.
A pesquisa constatou ainda que das 84,7% de pessoas físicas, 46,9% são homens e 37,8% de mulheres. Há pouco mais de um ano, a participação feminina era de 23,3% (agosto/2016). Isso representa crescimento de 14,5 pontos percentuais, enquanto a dos homens era de 56,8%.
A pesquisa também mostrou aumento na diversidade de utilizações de créditos concedidos a consorciados contemplados. No ranking dos mais contratados estão: Serviços Residenciais em primeiro lugar com 57,5%; Festas e Eventos com 4,3%; e Turismo com 2%. Ainda Saúde e Estética e Serviços Odontológicos com 1,7% cada; Educação com 0,8%; e Serviços Oftalmológicos com 0,5%. As demais utilizações, que registraram maior volume, foram agrupadas em Outros e atingiram 31,5%.
Na categoria “Outros”, destaca-se a crescente diversificação e ampliação na utilização dos créditos ao longo de pouco mais de oito anos de existência do consórcio de serviços. Alguns deles: assessoria advocatícia, aração de solo, assessoria financeira, assessorias diversas, aulas particulares, consertos em geral, criação de identificação visual em comunicação, corte e dobra de chapas, curso de autoescola, curso de piloto, desenvolvimento de sistemas, estofamento, fotografia, informática, instalações, locação de veículos, mecânica, montagens, mudanças, parto, pintura de veículo, produção de CDs, segurança, telecomunicações, treinamento, terraplanagem entre outros.
No período analisado, entre fevereiro de 2016 e setembro deste ano, houve aumento de 50,8% no total de consorciados ativos. Esse indicativo saltou de 32,5 mil para 49 mil. No mesmo período, a soma das vendas atingiu 40,05 mil novas cotas e as contemplações somaram 20,90 mil.
Para Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, a ampliação nos tipos de usos dos créditos no consórcio de serviços é resultado do maior conhecimento sobre o produto. “A flexibilidade tem sido considerada a principal razão dos consumidores aderirem ao mecanismo. Soma-se a isso custos menores, prazos mais longos e ampla liberdade na utilização em um ou mais objetivos pessoais, familiares e empresariais, por ocasião da contemplação”, afirmou.
O levantamento, feito junto às administradoras associadas que atuam neste segmento, apontou ainda que, nos grupos constituídos, o prazo médio foi de 37 meses. Já o crédito médio foi de R$ 7,2 mil, variando de R$ 2 mil a R$ 26 mil. A taxa média mensal de administração ficou em 0,5%, praticada nos últimos meses. Os índices de correção, constantes dos contratos que possibilitam a manutenção do poder de compra do consorciado quando contemplado, foram IGPM com 58,1%, IPCA com 21,4% e INPC com 20,5%.
Confira também as pesquisas da ABAC sobre o consórcio de serviços realizadas em março de 2017 e agosto de 2016.
Deixe um comentário