Diferentes usos dos créditos no consórcio de imóveis

21 . dez . 2016

Uma pesquisa realizada pela ABAC, em outubro deste ano, revelou que a casa própria continua sendo o bem mais adquirido pelo consórcio de imóveis. Mas ela revelou também que os consorciados estão aproveitando a liberdade de escolha que a modalidade oferece para adquirir os mais variados tipos de imóveis, como modernas casas contêiner.

A pesquisa, realizada semestralmente junto às administradoras associadas, visa identificar como os consorciados contemplados estão utilizando seus créditos. Além de casa contêiner, foram identificadas outras aquisições diferenciadas pelo consórcio de imóveis, como garagens e grandes terrenos para construção de condomínios verticais e horizontais. Houve ainda utilização do crédito para quitação de financiamento.

Apesar das peculiaridades (que representam 1,7% dos créditos utilizados), o grande destaque continua sendo os imóveis residenciais, que respondem por 71,1% dos usos. A segunda finalidade mais comum do consórcio de imóveis foi reforma e construção, com 10,9%, praticamente empatada com a compra de terrenos, que ficou com 10,8%. Ainda, 3,5% dos consorciados adquiriram imóveis comerciais, 1,7% compraram casas de veraneio e 0,3% dos consorciados adquiriram imóveis na planta (confira Dicas para comprar um imóvel na planta).

Consorcio_de_imoveis

Do total pesquisado, 87,1% eram compostos de pessoas físicas e 12,9% de pessoas jurídicas. Foi apurado ainda que apenas 3% dos contemplados adquiriram um segundo imóvel. “E possível notar que já há pessoas utilizando o consórcio como alternativa para complementar a aposentadoria, uma opção que possibilita um futuro melhor, paralelamente à previdência pública ou privada. A chamada aposentadoria imobiliária possibilita acrescer rendimentos pessoais com tranquilidade e segurança na terceira idade”, explica o presidente executivo da ABAC.

O consórcio de imóveis 

O segmento de imóveis comercializou 175 mil cotas de consórcio de janeiro e outubro deste ano. Apesar da pequena retração em relação ao mesmo período de 2015, quando haviam sido comercializadas 200,7 mil cotas, o valor médio da cota subiu de R$ 113,3 para R$ 130,8 mil em outubro, sendo o maior do ano.

Com 784 mil participantes (out/2016), o consórcio de imóveis permite a utilização do FGTS para oferta de lance, complementação da carta de crédito, abatimento de parte das prestações, amortização ou quitação do saldo devedor, o que beneficiou 2,617 consumidores nos 10 meses desse ano.

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