Consórcios comercializam mais de R$ 200 bilhões em créditos

10 . set . 2024

No encerramento do sétimo mês do ano, o Sistema de Consórcios atingiu R$ 201,65 bilhões em negócios realizados de janeiro a julho. Foram 13,2% de crescimento sobre os R$ 178,19 bilhões anotados no mesmo período de 2023.

As vendas, que geraram o volume de negócios, acumularam 2,5 milhões de cotas nos sete meses de 2024, 4,2% de aumento sobre as 2,4 milhões comercializadas naqueles meses do ano passado.

O total de adesões foram resultados da soma de 1,01 milhão em veículos leves; 764,26 mil em motocicletas; 503,19 mil em imóveis; 133,46 mil em veículos pesados, 54,68 mil em eletroeletrônicos; e 30,65 mil em serviços.

No mês de julho, a adesão de mais consorciados com tíquetes menores provocou uma retração do valor em relação ao do ano passado. O tíquete médio do Sistema de Consórcios em julho atingiu a R$ 78,69 mil, 6,6% menor que os R$ 84,25 mil anotados anteriormente em 2023.

Em contrapartida, nos últimos cinco anos, o tíquete médio demonstrou expansão nominal de 48,0% entre os valores médios apontados somente nos meses de julho. Ao descontar a inflação (IPCA) de 30,8% do período, na relação da diferença de R$ 53,17 mil, em 2020, para R$ 78,69 mil em 2024, houve valorização real de 13,1%.

Entre diversos fatores, o crescimento nominal de 48,0% do tíquete médio, ao longo dos últimos cinco anos, pode ser creditado ao interesse do consumidor por crédito diferenciados.

Deve-se acrescentar ainda que um dos principais motivos para essa performance continua sendo a renda do brasileiro, corroborada pela queda da taxa de desemprego, que ficou em 6,9%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE). Na contramão, a inflação de julho aumentou 0,38%, registrando um acumulado de 4,5% nos últimos doze meses, no limite do teto estabelecido.

Recorde de participantes ativos

De janeiro de 2022, quando somou 8,21 milhões de participantes ativos, até julho de 2024, quando alcançou 10,7 milhões, o consórcio completou trinta e um meses consecutivos de constante crescimento, atingindo 30,3% de aumento. Houve apenas uma retração em abril do ano passado.

Ao comparar os 10,7 milhões de participantes ativos de julho último com o mesmo mês do ano passado, observou-se um avanço de 9,1%.

No total de participantes ativos, os consórcios assinalaram aumentos em quatro setores: 19,9% nos imóveis; 10,0% nos veículos pesados; 8,6% nos veículos leves; e 7,3% nas motocicletas. Os dois outros setores tiveram retrações: -31,2% nos serviços e -5,7% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis.

A grande maioria dos participantes ativos (43,6%) pertence ao segmento de veículos leves. Na sequência vem motocicletas, imóveis, veículos pesados, eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, e serviços, nessa ordem.

Mais consorciados contemplados

Nos sete meses, a somatória de consorciados contemplados resultou em 985,91 mil, 4,5% superior às 943,30 mil, apontadas naqueles meses do ano passado. O volume proporcionou evolução nas liberações de créditos para potenciais aquisições em todos os setores.

Entre as contemplações por sorteio ou por lance, por segmento, temos: 429,96 mil de motocicletas; 389,05 mil de veículos leves; 65,25 mil de imóveis; 47,60 mil de veículos pesados; 33,09 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; e 20,97 mil de serviços.

A concessão de créditos para os consorciados contemplados totalizou R$ 55,89 bilhões, potencialmente injetados nos segmentos da economia nos quais a modalidade está presente, 17,3% superior aos anteriores R$ 47,65 bilhões.

“Ao iniciar o segundo semestre, o Sistema de Consórcios seguiu mostrando o mesmo desempenho dos primeiros seis meses. Mesmo sendo um mês de férias escolares, houve avanços em cinco indicadores, com exceção do tíquete médio. Isso sinaliza boas perspectivas para os próximos meses. Ao acompanhar a evolução dos segmentos nos quais está presente, o consórcio comprova sua importância para a economia brasileira, como pode ser examinada nos registros divulgados pela B3”, comentou Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC.

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