A margem de contribuição é uma ferramenta estratégica de gestão. Mais do que um simples indicador contábil, ela revela o quanto cada venda efetivamente contribui para cobrir os custos fixos e gerar lucro. Nesse post, entenda melhor como ela pode ajudar as empresas em tempos de alta competitividade e margens cada vez mais apertadas.
Nos últimos anos, houve progresso do empreendedorismo no Brasil. Somente em 2024, houve crescimento de 33,4% na criação de novas empresas, segundo o Sebrae e o Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Tal resultado demonstra o interesse das pessoas em ter ou ampliar seu próprio negócio, tanto por necessidade quanto por oportunidade.
Independente do porte, há empresários iniciantes, profissionais autônomos, micro e macro, atuando em vários segmentos econômicos. “Apesar do natural otimismo dos novos dirigentes, é necessário entender as ferramentas de gestão, fundamentais para o sucesso do empreendimento”, diz Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC.
Um dos indicadores menos lembrados pelos gestores é a margem de contribuição, referência básica para o gerenciamento e equilíbrio financeiro.
“Como o próprio nome diz, a margem de contribuição é a parcela do lucro que, após o pagamento dos custos e desembolsos variáveis, cobre os gastos fixos, aqueles que, mesmo que a empresa não venda nada em determinado período, terão que ser quitados”, detalha Barbagallo. “Portanto, é necessário que o empreendedor tenha ciência que se trata do mínimo que precisa comercializar para, pelo menos, empatar receitas com despesas”, completa.
Para exemplificar, em uma simulação de cálculo, cujas vendas somem R$ 100 mil com margem de contribuição de 60%, o empresário teria um lucro final de R$ 15 mil. “O seu Break Even Point, o Ponto de Equilíbrio, seria de R$ 75 mil”, pontua o economista.

Na demonstração, é possível verificar que, com o valor das vendas em R$ 100.000,00, o empresário terá um lucro operacional de R$ 7.000,00. Caso o faturamento venha a atingir R$ 75.000,00, igualaria as receitas com as despesas, não havendo lucro e nem prejuízo, e resultaria em equilíbrio.
Conhecer os custos fixos e variáveis é fundamental para gerir o empreendimento e verificar se a operação é lucrativa ou não. “Porém, caso o empreendedor queira expandir o negócio, a análise vai além do lucro operacional”, detalha o economista.
E no próximo post, vamos mostrar como o consórcio pode auxiliar empreendedores em busca de expansão de seus negócios.
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