A volta às aulas está batendo à porta. E quem não se lembra da empolgação sentida quando criança, quando contávamos os minutos para ter em mãos os novos cadernos e lápis, de preferência com os personagens preferidos na capa? O tempo passa, e quando temos filhos, aquele desejo dá lugar a uma preocupação: como economizar na compra do material escolar?
A ABFIAE – Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares, estima que, em 2024, os preços do material escolar devem ter aumento de 7% a 9%. Somados às despesas comuns de início de ano, não há como não trazer essa pauta à tona.
Por isso, nossa redatora Lina Chagas, que é mãe da Luiza, de 7 anos, saiu em busca de algumas dicas para que a compra do material escolar não pese no orçamento familiar. É ela quem organizou as sugestões desta relação e, para isso, ouviu também outras mães que estão na mesma situação. Afinal, quem é responsável pela educação de uma criança, sabe como é difícil administrar as despesas. E nessa missão, toda ajuda é válida.
Vamos às dicas?
Parece óbvio começar por este item, mas na prática não é. Costumamos ficar tão preocupados com que faremos para ocupar o tempo dos filhos durante as férias, que colocamos a mochila em um canto da casa no último dia de aula e só lembramos de verificá-la novamente quando vamos organizar os materiais novos, na véspera do início do ano letivo. Assim, todo material já foi comprado e a chance de adquirir itens desnecessários é muito grande.
Por isso, verificar o que já temos em casa é tão importante. Certifique-se, por exemplo, se a mochila está em condição de ser utilizada por mais um ano, se há cadernos que podem ser reaproveitados, entre outros itens.
Este ano sobraram pelo menos 3 caderno que serão reutilizados pela minha filha. Para que ela não fique chateada em repetir o material (afinal, a gente sabe como é empolgante ter tudo novinho), eu tratei logo de inseri-la no processo de reciclagem, dando uma nova cara para o caderno usado.
Inserir os filhos na compra do material pode ser um assunto polêmico. Alguns especialistas até enfatizam que não devemos levar, principalmente as crianças, para a papelaria. Todavia, acredito que envolvê-las neste processo é fundamental.
Pais, conversem com seus filhos, não tenham receio. É partindo do diálogo transparente que eles compreenderão a questão dos custos dos produtos, e que certos itens não cabem no orçamento, bem como a importância de zelar por seu material de estudo. Lembre-se: um material mal-cuidado não pode ser reaproveitado!
Além de economizar, você ainda ensina seu filho sobre o consumo consciente. Saiba mais sobre essa prática no post abaixo:
Blog da ABAC | Consumo consciente: brasileiro ainda tem dificuldade em adotar
Observe se todos os itens estão de acordo com o previsto na legislação. A Lei Federal nº 12.886/2013 estabelece que materiais de uso coletivo não podem ser exigidos na lista de material escolar enviada pela instituição de ensino.
Eu sou do time das mães empolgadas com materiais fofos. Entrar na papelaria é como estar em um paraíso. Portanto, estabelecer um limite de gastos e respeitá-lo é primordial para não
extrapolar o orçamento. Além disso, essa dica torna a compra mais objetiva e a chance de levar um item mais caro para casa só porque ele tem um personagem bonitinho é quase nula.
Pesquisar e comparar os preços é uma dica básica, mas nós sabemos que com a correria do dia a dia, às vezes deixamos esta etapa de lado ou não nos dedicamos a ela com muito afinco. Uma boa estratégia nesta hora é contar com a ajuda de outros pais.
Quem deu esta dica foi a Carol Gaigher Machado, mãe da Liz, de 7 anos. Ela contou que é comum compartilharem os orçamentos de diferentes lojas no grupo online de pais da escola da filha dela.
A Carol também relatou que ela e outras mães costumam se juntar para fazerem compras coletivas. É possível encontrar muitas lojas que oferecem melhores condições para compras em maior volume.
Já a Mariana Petit, mãe do João e da Maria Rosa, disse que os itens mais caros da sua lista são os livros didáticos. Os filhos dela estudam em séries não consecutivas, enquanto o João está no ensino médio, a Maria ainda está no fundamental, por isso, não dá para um irmão aproveitar o livro do outro.
Assim, a Mariana pesquisa primeiramente em grupo de whatsapp, verificando se há pais interessados em vender ou comprar os livros que os filhos não utilizarão mais. Além disso, ela também analisa sebos online, como o site Estante Virtual.
Agora que já ouvimos as maiores especialistas no assunto material escolar, é a sua vez. Compartilhe nos comentários quais estratégias você usa para economizar na compra do material escolar.
Muito boas as dicas. Incluo a Liz no processo de compra também, eles vão aprendendo na prática a analisar os custos e acredito que passam sim a ter mais cuidado com as coisas deles.
Muito bom, Carol! Está no caminho certo! 😉