Entre janeiro e abril de 2020, as adesões ao consórcio fecharam em queda de 8,6%, na comparação com igual período de 2019. Foram vendidas 845,55 mil cotas, ante 924,7 mil no 1º quadrimestre do ano passado. Apesar do desempenho negativo nas vendas gerais do Sistema de Consórcios, quatro dos seus seis segmentos registraram alta. Veja abaixo quais são:
A venda de cotas do consórcio de veículos pesados alcançou crescimento de 16,2%. Nos primeiros quatro meses de 2020, foram vendidas 32,06 mil cotas, ante 27,6 mil na comparação com 2019. É neste segmento que se encontram os consorciados que buscam comprar bens como caminhões, ônibus, semirreboques, tratores e implementos agrícolas e rodoviários.
Segundo maior tíquete médio do Sistema de Consórcios, os resultados do consórcio de veículos pesados são muito importantes para o faturamento do setor como um todo. Entre janeiro e abril, a soma dos créditos comercializados alcançou R$ 5,23 bilhões. Na comparação com o mesmo período de 2019, a expansão chegou a 18,6%.
Nesse segmento do consórcio, as adesões cresceram 5,5%. Entre janeiro e abril de 2020, as vendas de novas cotas totalizaram 97,03 mil. Um ano antes, o segmento registrou 92 mil adesões acumuladas até abril. O volume de créditos comercializados, decorrentes dessas adesões, totalizou R$ 15,27 bilhões – expansão de 14,7% em relação aos R$ 13,31 bilhões do 1º quadrimestre de 2019.
O consórcio de imóveis é outro segmento de elevada importância para o faturamento do Sistema de Consórcios. Ele é o que registra o maior tiquete médio do setor: em abril, ficou em R$ 186,77 mil, uma valorização de 26,2% ante abril de 2019.
Tradicional campeão do Sistema de Consórcios, quando se trata em valores percentuais, o consórcio de serviços manteve sua trajetória de alta no 1º quadrimestre de 2020. Foram vendidas 46,15 mil cotas, mais que o dobro das 21,8 mil cotas vendidas no mesmo período de 2019. Com isso, a expansão nas adesões chegou a 111,7%.
O aumento na venda de cotas de consórcio foi também acompanhado de alta no faturamento. Em abril, o segmento de serviços fechou com tíquete médio de R$ 10,92 mil – valorização de 35,3% em relação a abril de 2019. A alta nas adesões e o incremento do valor médio da cota, fez o volume de créditos comercializados chegar a R$ 346,14 milhões – crescimento de 101,1%, em relação ao 1 quadrimestre de 2019.
Por fim, o consórcio de eletroeletrônicos se destacou ao registrar o maior aumento percentual entre as adesões. Foram vendidas 27,77 mil novas cotas no 1º quadrimestre de 2020. Em relação ao mesmo período de 2019, quando foram vendidas 11,3 mil cotas, o crescimento chegou a 145,8%. Com isso, o faturamento do segmento também disparou. Cresceu 214,4%, totalizando R$ 191,09 milhões.
A queda nas adesões ao consórcio, quando considerado o total do Sistema, é explicada pelo desempenho dos segmentos de motocicletas e veículos leves. Eles baixaram 23,8% e 10,6%, respectivamente, comparando o 1º quadrimestre de 2020 com o mesmo período de 2019. Entretanto, o crescimento constante do tíquete médio, inclusive no consórcio de motocicletas, fez os negócios crescerem 2,7%. Com isso, o faturamento do Sistema de Consórcios chegou a R$ 40,23 bilhões nos quatro primeiros meses do ano.
Considerando o desempenho do setor no 1º quadrimestre dos últimos dez anos, o volume de adesões atingido em 2020 é o segundo melhor da década. Perde apenas para o resultado de 2019. Sendo assim, apesar de refletir os efeitos da pandemia do novo coronavírus, os resultados do consórcio permanecem positivos, considerando o histórico da modalidade.
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