Consórcio no agronegócio viabiliza inovações tecnológicas

05 . dez . 2024

O agronegócio é um dos principais impulsionadores da economia brasileira. Em 2023, foi responsável por 23,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Ao longo dos anos, o uso do consórcio no agronegócio vem permitindo aos que atuam nesses ramos atualizar e rentabilizar suas atividades.

Ao responder por um real a cada três gerados no país, o agronegócio ocupa 28,34 milhões de brasileiros economicamente ativos. Responde ainda por 42% das exportações nacionais, segundo Cepea e Esalq/USP, em parceria com a CNA.

O Sistema de Consórcio é um grande parceiro deste setor. Tanto para investimentos em caminhões, implementos rodoviários, máquinas e implementos agrícolas, como em imóveis, serviços e eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis.

Renovações tecnológicas

Constantemente, observam-se renovações tecnológicas, que, segundo o economista austríaco Joseph Alois Schumpeter, são o motor do desenvolvimento capitalista. “Schumpeter afirma que novos métodos de trabalho ou a introdução de novos equipamentos são fatores que, aplicados por empresários empreendedores, alteram a dinâmica e as condições de equilíbrio da economia, impulsionando-a para novos ciclos de desenvolvimento”, detalha Luiz Antonio Barbagallo, economista da ABAC.

Tendo por objetivo melhor lucratividade, lavradores e agropecuaristas buscam estar acima da média produtiva do mercado. “Schumpeter popularizou a ideia da destruição criativa, em que novos produtos e formas de trabalho substituem antigos modelos de negócios”, complementa Barbagallo.

Ele ressalta ainda que os mercados estão cada vez mais competitivos, e novos procedimentos e novas técnicas são ferramentas fundamentais. “A exposição à concorrência regional, nacional e global leva inevitavelmente a isso. Em um ambiente de liberdade econômica, setores mais dinâmicos proporcionam muitas oportunidades”, destaca.

“Fator de orgulho nacional, a agricultura brasileira é uma das mais competitivas”, afirma Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC. “Concorrendo no mercado externo, ela precisa constantemente se reciclar, adotando mecanismos atualizados de produção, incluindo equipamentos avançados e agregando modernas tecnologias. Hoje, o Brasil é o quarto maior produtor de alimentos do mundo”, completa.

Drones transformaram culturas

Um dos exemplos mais recentes de inovação tecnológica no campo é o uso de drones, que transformam o método de gerenciar culturas agrícolas. Eles monitoram irrigações e safras, coletam dados em tempo real, realizam levantamentos e são usados como sistema de segurança. 

Importante incluir ainda os benefícios dessa tecnologia ao indicar pragas e doenças, deficiências de nutrição do solo, pulverizações localizadas, mapeamento de áreas mais propícias a determinadas culturas, melhor eficiência nos processos, monitoramento do gado, inspeção de pastagens, entre outros.

Para acesso a essa e outras inovações, é necessário que haja financiamentos sustentáveis que possam contribuir para o sucesso do planejamento, com custos adequados. “O Sistema de Consórcios é uma alternativa para produtores agrícolas, pecuaristas e para empresários que atuam para esse segmento econômico”, destaca o economista da ABAC. “Com características próprias, tais como baixo custo, prazos adequados, manutenção do poder de compra, entre outras vantagens, o mecanismo é um aliado do agroempresário”, acrescenta. 

Comprovada economia com consórcio no agronegócio

Para Walman Pereira Cavalcante, dentista, solteiro, 29 anos e pecuarista junto com a família, em Marajá do Sena, no Maranhão, o consórcio está presente na sua atividade agropecuária há alguns anos. Já adquiriu vários bens, como um quadriciclo, para deslocamentos nas fazendas, em razão do relevo acidentado da região. Mais recentemente, foi contemplado com um crédito de R$ 125 mil para aquisição de um drone DJIT2P, com três baterias e carregador, visando diversos usos no campo. 

Com apenas seis meses de uso do equipamento, Cavalcante, que possui um rebanho de bovinos para corte entre 800 e 1000 cabeças nos 250 hectares de suas propriedades, admite que já observou resultados positivos nos negócios. Ele conta que, para semear capim especial destinado à engorda do gado e para pulverizar o pasto com defensivos, utilizava grande número de trabalhadores durante um mês inteiro. Com o drone, o tempo ficou reduzido para um dia e meio por ação, além de contar somente com dois funcionários, o piloto do equipamento e um ajudante.

Ao avaliar o investimento via consórcio, o pecuarista afirma que, “além da vantagem de o consórcio não ter juros, apenas taxa de administração, tem ainda parcelas bastante acessíveis e longo prazo para pagamento. A economia proporcionada pela redução das despesas com a mão de obra tem sido mais um aspecto positivo, por se tratar de total significativo no planejamento e no balanço geral”. 

Cavalcante concluiu que “o retorno do investimento feito pelo lance ofertado deverá ocorrer em menos de dois anos. Em contrapartida, as parcelas mensais do consórcio terminarão somente em 2028, permitindo antever uma boa lucratividade futura”. 

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