A participação dos ativos do consórcio no Produto Interno Bruno (PIB) tem aumentado no Brasil. Considerando os últimos dez anos, o percentual registrado mais que dobrou. Conheça os detalhes ao longo desse post.
Em maio, o total de participantes ativos do consórcio chegou a 11,73 milhões. O crescimento desse indicador nos últimos anos reflete a confiança do brasileiro na modalidade. Esta, que é item importante do planejamento das finanças pessoais, seja para realizar sonhos de consumo ou formar e ampliar patrimônios.
A consequência do avanço do mecanismo como forma de autofinanciamento resulta no natural aumento de produção de bens e serviços no país. Assim, o consórcio envolve os diversos elos da cadeia produtiva, cuja somatória é medida pelo PIB.
O PIB brasileiro de 2024 chegou a R$ 11,7 trilhões, segundo dados do IBGE. Considerando os R$ 719 bilhões em ativos administrados pelo Sistema de Consórcios no ano passado, a participação da modalidade na economia chegou a 6,1%. O cálculo é da assessoria econômica da ABAC e revela que o setor cresceu 1,4 ponto percentual sobre 2023.
Além disso, considerando a participação registrada nos últimos dez anos, é possível identificar que o peso do setor de consórcio mais que dobrou. Isso porque, em 2015, o percentual fechou em 2,9%.
Analisando a evolução da presença dos ativos administrados no PIB, nas duas últimas décadas, nota-se crescimento permanente do indicador. Desde 2005, quando a relação era de 2,3% (R$ 50 bilhões sobre R$ 2,171 trilhões), houve crescimento de 165,2% ao chegar em 6,1% de participação (R$ 719,0 bilhões sobre R$ 11,7 trilhões) em 2024.
O ritmo de crescimento dos ativos do consórcio pode, inclusive, levar o produto a superar a caderneta de poupança até 2028. Saiba mais no post abaixo:
A formação dos ativos do consórcio consiste na soma dos valores devidos pelos consorciados mais aqueles recebidos ainda disponíveis para a aquisição de bens. Trata-se de montantes que se transformarão em produtos e serviços.
“É preciso frisar que até chegar ao fim do ciclo produtivo e o bem ou serviço que consumidor final irá adquirir, há todo um valor agregado ao longo da cadeia”, ressalta o economista da ABAC, Luiz Antonio Barbagallo.
O economista da ABAC ressalta que os R$ 11,7 trilhões, somados no ano passado, consideram os preços correntes sem retirar quaisquer efeitos da inflação sobre os valores dos produtos e serviços.
“No caso do consórcio, isto não diminui a importância dos ativos administrados pelo segmento, pois eles também são calculados pelo valor atual do bem. Ou seja, são corrigidos e estão nas mesmas bases de preços, preservando-se a relação”, explica Barbagallo.
De acordo com o presidente executivo da ABAC, Paulo Roberto Rossi, o Sistema de Consórcios impacta diretamente toda a cadeia produtiva. Por facilitar a aquisição de bens e a contratação de serviços, o consórcio atinge diversos elos, desde a matéria-prima utilizada para a fabricação do produto, passando pelo custo de mão de obra, tecnologia agregada, eventuais pesquisas sobre novos produtos e assim por diante.
“Dos R$ 719 bilhões em ativos administrados contabilizados em dezembro de 2024, R$ 100,58 bilhões já estavam disponibilizados para aquisição de bens ou serviços aos consorciados contemplados e a contemplar, e os demais R$ 618,42 bilhões referem-se a valores a receber de todos os consorciados ativos”, conclui Rossi.
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