Você já ouviu falar que a principal missão do BC é combater a inflação utilizando a política monetária, certo? Mas do que ela trata, você sabe? Nesse post você vai entender como a política monetária funciona e também como ela afeta o dia a dia dos consumidores.
O Brasil, assim como os principais países do mundo, combate a inflação utilizando uma sistemática chamada metas para inflação. Por isso, de tempos em tempos, o Conselho Monetário Nacional (CMN), define uma meta para a inflação de um determinado ano. E, para isso, ele avalia uma série de questões. Entre elas, a meta de inflação de economia parecidas com a do Brasil, a exemplo de Chile e México.
Cumprido o passo acima, o Banco Central precisa trabalhar para que a inflação fique próxima da meta estabelecida. Para alcançar esse objetivo, é utilizado um conjunto de ferramentas chamado de política monetária.
Com a meta da inflação dada, o presidente e os diretores do Banco Central se reúnem no Comitê de Política Monetária (Copom). Lá, é definida a meta para a taxa Selic, que é a taxa de juros que o Copom entende ser necessária para fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo CMN.
A taxa Selic é a chamada taxa básica de juros na economia. É ela que afeta as outras taxas de juros do país e faz com que o dinheiro fique mais caro ou mais barato. Se a taxa Selic está alta, os juros do financiamento ficam maiores. Isso acaba controlando a inflação, porque desestimula o consumo. E é aí que entra a política monetária.
O principal instrumento de política monetária utilizada pelo BC é a atuação no mercado para fazer com que a taxa Selic fique sempre próxima da definida pelo Copom. Todo dia, o Banco Central avalia a quantidade de recursos disponível no sistema bancário. Se tiver mais dinheiro que o necessário para cobrir as operações diárias dos bancos, o BC enxuga um pouco essa quantidade vendendo títulos públicos. Mas se falta recursos, ele precisa liberar dinheiro no sistema comprando títulos públicos.
Tais atitudes podem não impactar diretamente a vida dos cidadãos, mas impacta o sistema bancário. Se falta dinheiro nos bancos para fazer frente às suas operações diárias, ele vai tentar conseguir o recurso de outra forma. Como? Pagando um prêmio mais alto, ou seja, juros mais altos por esse recurso. No limite, isso vai influenciar a taxa básica de juros e vai dificultar a tarefa do BC de mantê-la na meta definida pelo CMN. Quanto mais alta a taxa Selic, mais caros ficam os empréstimos.
Com isso, os consumidores podem decidir adiar as compras. Então, na prática, o consumo cai. E quando isso acontece, favorece a queda da inflação. É acompanhando a economia e definindo a taxa Selic que o Banco Central busca controlar a inflação.
É importante não esquecer que manter a taxa de inflação baixa, estável e previsível é a melhor contribuição que a política monetária do BC pode fazer para um crescimento econômico sustentável e a melhoria das condições de vida da população.
O conteúdo deste post conta com informações do episódio 108 da série “BC te Explica”, do Banco Central. Se preferir acompanhar o conteúdo em vídeo, assista abaixo:
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