O total de participantes do Sistema de Consórcios em março apresentou estabilidade em relação ao mesmo mês em 2015 (7,11 milhões), apoiado principalmente nos resultados obtidos em veículos leves, pesados, imóveis e serviços. Porém, o setor fechou os primeiros três meses de 2016 enfrentando as consequências da crise político-econômica do país.
Confira o desempenho do consórcio por segmento de janeiro a março deste ano, em comparação ao mesmo período de 2015, com base em estimativas da Assessoria Econômica da ABAC.
Consórcio de veículos leves: em março, o setor de veículos leves (automóveis, camionetas e utilitários) apresentou expressiva alta no total de participantes ativos, que chegou a 3,22 milhões. O número de contemplações no 1º trimestre cresceu 9%, e o total de créditos concedidos bateu R$ 5,56 bilhões, 8,6% a mais que no ano passado. Os demais indicadores registraram retração: venda de novas cotas (219,3 mil, -8,6%), volume de créditos comercializados (R$8,67 bilhões, -15,7%) e tíquete médio, que ficou em R$ 39,3 mil em março. A participação potencial das contemplações nas vendas do mercado interno aproximou-se dos 35% neste 1º trimestre.
Consórcio de motocicletas e motonetas: este segmento encerrou o 1º trimestre do ano com retrações em todos os indicadores: venda de novas cotas (229 mil, -19,4%), volume de créditos comercializados (R$1,77 bilhões, -4,2%), contemplações (183 mil, -9,2%), volume de créditos disponibilizados (R$ 1,95 bilhão, -11%). O setor fechou março com 2,75 milhões de participantes (-7,1%) e tíquete médio de R$ 7,7 mil (-31,3%). Os números se devem à perda de novas adesões, especialmente nas regiões norte e nordeste, que vinham apresentando forte crescimento, e à redução no número de concessionárias atuando no país.
Consórcio de veículos pesados: em março, o setor de veículos pesados, que reúne transporte rodoviário de carga e de passageiros e agronegócio, registrou crescimento de 6,8% no total de participantes, que chegou a 282 mil, enquanto o tíquete médio fechou em R$153,4 mil (-3,9%). As vendas de novas cotas tiveram retração de 16,8% de janeiro a março, fechando em 8,4 mil, quando o volume de créditos comercializados também teve queda de 21,9%, ficando em R$1,25 bilhão. Os números de contemplações e de créditos disponibilizados mantiveram-se estáveis.
Consórcio de imóveis: o setor de imóveis manteve crescimento no número de participantes, que ficou em 808,5 mil em março de 2016. Apesar da desaceleração na procura por novas cotas (-5,6%) e nos créditos comercializados (-7,1%), de janeiro a março, e do tíquete médio também apontando baixa, as contemplações e os créditos concedidos registraram altas de 7,5%, com 18,7 mil e R$1,86 bilhão. No período, quase 650 trabalhadores-participantes dos grupos de consórcios de imóveis utilizaram parcial ou totalmente seus saldos nas contas do FGTS, totalizando mais de R$ 27 milhões.
Consórcio de eletroeletrônicos: a reação na venda de novas cotas, que após quedas constantes cresceu 1% de janeiro a março de 2016, com R$ 3,13 mil, gerou expectativa positiva. Os demais indicadores seguiram em baixa nos três primeiros meses de 2016: créditos comercializados (R$14,31 milhões, -6,8%), contemplações (2,15 mil, -9,7%) e créditos disponibilizados (R$ 11,50 milhões, -9,5%). O total de participantes ativos fechou março com 28,3 mil, baixa de 12,7%, e tíquete médio de R$4,7 mil, baixa de 6%.
Consórcio de serviços: este segmento registrou crescimento significativos em todos os indicadores, de janeiro a março de 2016: venda de novas cotas (38,6%), totalizando 3,05 mil, volume de créditos comercializados (50,3%), ficando em R$19,45 milhões, contemplações (24,6%), com 2,28 mil no trimestre, e volume de créditos disponibilizado (24,4%), finalizando em R$12,68 milhões. O segmento fechou março com 32,3 mil participantes e tíquete médio de R$6,5 mil, crescimento de 26,2% e 10,2%, respectivamente.
Sistema de Consórcios em geral
Veja os números gerais do sistema de consórcios de janeiro a março de 2016, em comparação com o mesmo período de 2015:
Participantes ativos consolidados (consorciados em grupos em andamento)
– 7,11 milhões (março/2016)
– estável
Vendas de novas cotas (novos consorciados)
– 508,6 mil (janeiro-março/2016)
– retração: 13,5%
Volume de créditos comercializados
– R$ 16,94 bilhões (janeiro-março/2016)
– retração: 18,1%
Tíquete médio geral (valor médio da cota no mês)
– R$ 33,2 mil (março/2016)
– retração: 7,7%
Contemplações (consorciados que tiveram a oportunidade de comprar bens)
– 351,8 mil (janeiro-março/2016)
– retração: 1,6%
Volume de créditos disponibilizados
– R$ 10,52 bilhões (janeiro-março/2016)
– crescimento: 3,2%
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