Se você é acompanha a ABAC, já ouviu que seu crédito é reajustado pelo critério estabelecido no seu contrato. Esse critério, na maioria das vezes, é um índice de preço. Mas o que é esse negócio de “índice de preço”?
Os índices de preços são construídos para medir a inflação (clique aqui para saber o que é inflação). É feita uma média de diversos preços, de modo a resumi-los em um único número.
Os índices de preços podem diferir de várias maneiras. Destacam-se as diferenças na “cesta” de bens e serviços tomados como referência. Por exemplo: pode-se construir índices de preços ao consumidor (que reflete hábitos de consumo das famílias), índices de preços ao produtor, índices de custos de produção, dentre outros, a depender do objetivo.
Mesmo índices de preços ao consumidor podem diferir entre si, pois cada família tem sua própria cesta de consumo. Ainda, ele pode ser desenhado para refletir o custo de vida para um ou outro grupo de famílias. Pode haver, por isso, percepções distintas entre o que o cidadão vê no seu orçamento e o que aparece em um dado índice.
IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)
O IPCA mede o preço de uma cesta de consumo representativa para famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, em 13 áreas geográficas: regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia e Campo Grande.
O IPCA é calculado pelo IBGE, com coleta, em geral, do dia 1 a 30 do mês de referência. Com algumas diferenças metodológicas, o IPCA-15 é uma prévia do IPCA. Seu período de coleta estende-se do dia 16 do mês anterior ao 15 do mês de referência.
O IPCA é o índice de referência do sistema de metas para a inflação. O Banco Central trabalha para que ela se situe em torno do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O IPCA também é indexador das Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B). O Tesouro Nacional passou a se referir a estes títulos como Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais.
Por que há tantos índices de preços no Brasil?
Um índice pode ser apropriado para determinado propósito. Mas não tanto para outro, o que já justifica a existência de uma variedade deles.
Além disso, o processo inflacionário entre os anos 70 e meados de 90 reforçou a necessidade de se contar com maior variedade de índices. Por um lado, a inflação alta e volátil fez com que a evolução dos diferentes preços diferissem ainda mais entre si, levando à necessidade de índices de preços mais específicos para cada propósito. Por exemplo: o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) foi criado para refletir o custo de vida de trabalhadores urbanos e passou a ser utilizado como parâmetro de reajuste em dissídios salariais.
Por outro, a inflação alta e volátil também tornou necessário um acompanhamento mais frequente da evolução dos preços. Isso se refletiu na criação do IGP-M, com período de coleta de preços distinto ao do já existente IGP-DI, o que permitiu ao mercado contar com um índice divulgado no último dia do mês para a correção de contratos referentes a operações financeiras e correções de balanços.
Texto produzido com informações do Banco Central do Brasil.
Muito bom ter informações, de financias. Pois dependemos desses conhecimentos.para nos engrandecer.
Que bom que gostou, Marcia! Um abraço!