O segmento de motocicletas vem sofrendo grandes quedas nas vendas do mercado interno em função da crise econômica. Apenas em junho deste ano, as vendas do varejo (emplacamentos) caíram 27,5% em relação a junho do ano passado, segundo a Abraciclo. Em meio às dificuldades, uma modalidade em especial vem aquecendo e sustentando esse setor ao responder potencialmente por 7,4 de cada 10 motos vendidas no Brasil: o consórcio de motos.
Apesar da retração em seus indicadores, como vem ocorrendo com diversos setores da economia, o consórcio de motos vem alcançando resultados positivos em relação ao mercado. No primeiro semestre deste ano, foram contemplados 347.625 consorciados (o que corresponde a R$ 4,25 bilhões disponibilizados para a compra dos veículos), enquanto o total de motos emplacadas no País foi de 469.581 unidades.
Esses resultados revelam que a participação potencial do consórcio de janeiro a junho foi de 74%, 12 pontos percentuais a mais do que no mesmo período de 2015, quando foram contemplados 397.000 consorciados e emplacadas 641.707 mil motos. Ou seja, apesar da queda de 12,4% nas contemplações em relação ao ano passado, o desempenho do consórcio de motos ao disponibilizar R$ 3,7 bilhões foi fundamental para movimentar as vendas do mercado interno, que caíram 26,8% no período. Além disso, as vendas de novas cotas em junho superaram as de maio, o que aponta para uma recuperação e dá boas perspectivas.
Participação estadual
De acordo com dados da assessoria econômica da ABAC, de janeiro a março deste ano, o maior número de participantes ativos do consórcio de motos se concentrou no Pará (285.808), seguido de São Paulo (256.846) e da Bahia (225.544), estados em que as adesões foram maiores. Já os estados em que a venda de cotas de motocicletas foi menor são Distrito Federal, Amapá e Roraima.
O consórcio de motos é o segundo maior do Sistema em participantes ativos: são 2,65 milhões de consorciados apenas neste segmento (junho/2016). No primeiro semestre, foram comercializadas 446.650 mil cotas, com valor médio de R$ 7,8 mil, o que corresponde a um total comercializado de R$ 3,5 bilhões.
Apesar de também sentir os efeitos da crise, o consórcio de motos segue levando segurança e esperança a este mercado fortemente afetado pela crise. Graças ao consórcio, são disponibilizados mais de R$ 500 milhões ao mercado a cada mês para que consumidores de todo o país possam adquirir sua moto para trabalhar ou passear. É o consórcio aquecendo a economia do país.
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