Sete passos para pagar dívidas 

26 . jul . 2016

Quase 60% da população brasileira declarou ter dívidas em abril de 2016, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O controle das finanças domésticas é fundamental, principalmente em tempos de crise financeira e alta inflação. Se você está endividado e não sabe por onde começar para organizar sua vida financeira, fique ligado nos sete passos que separamos para você pagar dívidas.

1) Mapeie suas dívidas

Para sair da situação de endividamento, você precisa conhecer detalhadamente as informações de todas as suas dívidas, como valores, prazos para pagamento e taxas de juros. Com as informações em mãos, é mais fácil buscar opções para sair do vermelho. Saiba como fazer o orçamento familiar.

2) Envolva a família

Além de mapear todas as dívidas, é preciso também fazer um planejamento financeiro e controlar os gastos, organizando todos os investimentos, receitas e despesas. Para isso, todos os membros da família devem estar comprometidos, considerando os perfis de comportamento financeiro de cada um.

Assista ao vídeo “O piano ou a Aninha”, da série “Eu e meu dinheiro”, do Banco Central, e veja como envolver a família ao planejar um orçamento.

3) Não faça novas dívidas

Essa deve ser uma prioridade, um desafio a ser vencido por quem realmente quer sair do endividamento. Fazer novas dívidas não combina com esse momento de reorganização da vida financeira e realimenta um ciclo negativo. Uma dica é aproveitar o momento para adquirir o hábito de comprar à vista. Vale guardar o cartão de crédito e o talão de cheques em casa para não cair na tentação de utilizá-los.

4) Busque melhores condições

Você deve buscar condições que sejam mais vantajosas para pagar dívidas. Por isso, priorize o pagamento das dívidas mais caras, renegocie com credores e busque melhores condições de prazos e juros. Dívidas como cheque especial e cartão de crédito tem juros mais elevados, talvez um empréstimo com juros mais baixos possa ser a solução para quitá-los. O 13º deve ser usado para o pagamento de dívidas mais caras, não para consumir. Outra possibilidade, se você possui um carro e ele não é instrumento de trabalho ou essencial para sua vida: venda-o. Além de reduzir suas despesas mensais, você ainda pode usar o dinheiro para pagar dívidas.

5) Corte gastos

Cortar gastos é uma ação imprescindível para quem quer sair do endividamento. Organize seus gastos em três categorias: Desperdício – que você deve eliminar por completo; Supérfluo – que você deve reduzir ou eliminar; e Necessário – que você deve otimizar, procurando opções. Gastos necessários são aqueles imprescindíveis, ligados às necessidades básicas como alimentação, moradia e vestuário. Já os gastos supérfluos, são aqueles que geram bem-estar e estão mais relacionados aos desejos que às necessidades, como restaurantes, sua conta em serviços de streaming e roupas de marca. Por fim, desperdícios são gastos que nem geram bem-estar e nem estão ligados às necessidades ou desejos, como multas, pagar por algo que não usa, luz acesa ou a torneira aberta sem necessidade. Se sobrar dinheiro, utilize para pagar dívidas.

6) Gere renda extra

Ainda que os gastos estejam minimizados, é possível que o orçamento esteja no limite, mas continue deficitário. Tente identificar em que áreas e serviços você possui habilidade para gerar uma renda que complemente seu orçamento. Você pode fazer horas extras ou colocar em prática dons artísticos ou culinários. Quem sabe você sai do endividamento e, de quebra, descobre uma nova opção de vida?

7) Procure ajuda

O ideal é que essa procura por ajuda não tenha custos financeiros. Procure conhecer as experiências de outras pessoas que passaram por uma situação semelhante ou ainda busque ajuda por meio de leitura, consultoria ou por órgãos de defesa do consumidor. O conhecimento é um passo importante para acabar com as dívidas.

Esses são sete passos que podem te ajudar a superar a situação de endividamento. Entretanto, o fundamental antes de iniciar esse roteiro é buscar o real comprometimento. Com uma combinação de organização e força de vontade, é possível pagar dívidas.

Esse texto foi escrito com informações do projeto “Cidadania Financeira”, do Banco Central.

Categoria(s):

Educação Financeira

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