Veículos leves: economista da ABAC analisa a demanda

07 . jun . 2022

Quando o consumidor planeja adquirir um veículo, geralmente cumpre algumas etapas. Ele pesquisa e analisa, até decidir modelo, ano, tipo e custo. Para concretizar seu objetivo, considera as diversas alternativas financeiras. Podendo ser pagamento à vista, financiamento ou adesão a um consórcio de veículos leves.

O setor de consórcios vem registrando crescimento constante – clique aqui para saber mais. Segundo Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, isso se apoia no comportamento dos consumidores. Aqueles que planejam suas finanças, têm no consórcio um excelente aliado.

“Incluir a disciplina ao orçamento familiar, não realizar compras por impulso, quitar compromissos com pontualidade, entre outros, são atitudes fundamentais para a saúde financeira”, pondera Rossi.

Esse entendimento segue a avaliação do economista da ABAC, Luiz Antonio Barbagallo, para quem “o consorciado tem a consciência de que, ao adquirir uma cota, está formando uma poupança para a realização de seu sonho na contemplação”.

Variáveis influenciam na tomada de decisões

A opção de possuir o bem imediatamente por meio da compra à vista ou financiada, está sujeita a variáveis que influenciam na tomada de decisão. Fatores como renda e preço do produto são fundamentais para seguir adiante ou adiar temporariamente o objetivo. 

“Na ciência econômica, a sensibilidade do consumidor a essas variáveis é analisada pelo cálculo da elasticidade da demanda. Isto é, a alteração percentual em uma variável devido à variação de outra”, explica Barbagallo.

Produtos podem ter demanda elástica ou inelástica. O que é essencial, e não dá para ser trocado, tem demanda inelástica. Combustíveis ou alimentos básicos, por exemplo, não podem ser substituídos, mesmo quando os custos estão elevados. Eventuais oscilações nos preços ou na renda do consumidor alterarão pouco a demanda.

Por outro lado, os chamados não essenciais, cuja demanda é considerada elástica, são mais sensíveis às variações de valores ou à renda do consumidor. 

Como referência, se a demanda de um produto sofre oscilação de 50% devido a alteração de seu preço em 30%, o cálculo da elasticidade será 1,67:

O resultado maior do que 1 indica que o produto tem demanda elástica, ou seja, é muito sensível às variações no preço. “Os automóveis são bons exemplos de bens cuja demanda é elástica”, explica Barbagallo.

Demanda por veículos leves é elástica

Para chegar a essa conclusão, vamos começar analisando os volumes de comercialização de veículos leves, onde os automóveis estão inseridos. Nos últimos 15 anos, de 2007 a 2021, houve períodos de crescimento e queda nas vendas. Segundo dados da Fenabrave, o pico foi em 2013, com 2,88 milhões de unidades, e o piso foi em 2021, quando ficou em 1,3 milhão.

Durante esse período, várias foram as causas para essas oscilações. Porém, preços e renda do consumidor foram fundamentais para a tomada de decisão. O que só reafirma: a demanda se reduz à medida que o consumidor não está disposto a gastar mais para comprar um produto que não é essencial. Ou seja, o veículo é um produto cuja demanda é elástica.

Na adesão ao Sistema de Consórcios não ocorre o fenômeno da elasticidade. Isto porque a decisão de consumo não é imediata, a compra da cota sim. O que se adquire é a participação em um autofinanciamento. Se porventura, no momento da compra da cota, os preços dos automóveis estiverem muito altos, isso não influenciará o consumidor que aderir ao grupo.

Mas influencia nas vendas de consórcio?

Ao analisar as vendas de cotas de consórcio no período e 2007 a 2021, observa-se aumento constante. Das 301,18 mil contabilizadas em 2007, o total chegou a 1,45 milhão em 2021. Apenas em 2014 houve pequena redução nas vendas em relação aos anos anteriores. Isso demonstra que fatores como o preço do bem ou a renda do consumidor, que impactam na demanda de veículos, tiveram pouca influência na procura por cotas de consórcio. 

Importante destacar que ao longo do período de duração do grupo de consórcio, os preços dos carros poderão até ficar relativamente mais baixos e compatíveis com sua renda. Esta, por sua vez, no sentido inverso, poderá aumentar.

“Ao ser contemplado, e com poder de compra à vista, o consumidor poderá tomar a decisão que seja mais compatível com o que pretende”, esclarece Barbagallo. “Poderá inclusive adquirir um automóvel de menor valor e utilizar a diferença para despesas previstas pela modalidade, ou até mesmo quitar parcelas vincendas, por exemplo”, complementa.

Para concluir, o economista da ABAC, considerando as oscilações vivenciadas na economia brasileira, aponta que “adquirir cotas de consórcio é uma decisão que elimina os impactos da compra imediata. Trata-se de produto que facilita, de modo inteligente, o planejamento dos consumidores”, conclui.

Se você está pronto para dar o primeiro passo para conquistar seus objetivos, leia o post abaixo:

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